As luzes coloridas, os enfeites variados, as decorações grandiosas, a preocupação com a ceia e os presentes, a onipresença do Papai Noel podem nos levar a esquecer o mistério do Natal. Um grande mistério. Não comemoramos no dia 25 de dezembro apenas um natal, ou seja, o nascimento de mais uma criança. Todos os nascimentos são maravilhosos, a manifestação da vida é um mistério e um milagre em si mesma, mas nada, absolutamente nada se compara com o que aconteceu há dois milênios em Belém da Judeia quando ouviu-se o choro estridente de uma criança quebrando o silêncio daquela noite e dividindo a História dos homens. O Verbo feito carne veio à luz. O Filho de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro deixa a glória celeste e Se torna um de nós. O Eterno entra no tempo, o Todo se faz parte na fragilidade de uma criança. É um acontecimento extraordinário.
24 de dez. de 2011
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
As luzes coloridas, os enfeites variados, as decorações grandiosas, a preocupação com a ceia e os presentes, a onipresença do Papai Noel podem nos levar a esquecer o mistério do Natal. Um grande mistério. Não comemoramos no dia 25 de dezembro apenas um natal, ou seja, o nascimento de mais uma criança. Todos os nascimentos são maravilhosos, a manifestação da vida é um mistério e um milagre em si mesma, mas nada, absolutamente nada se compara com o que aconteceu há dois milênios em Belém da Judeia quando ouviu-se o choro estridente de uma criança quebrando o silêncio daquela noite e dividindo a História dos homens. O Verbo feito carne veio à luz. O Filho de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro deixa a glória celeste e Se torna um de nós. O Eterno entra no tempo, o Todo se faz parte na fragilidade de uma criança. É um acontecimento extraordinário.
19 de dez. de 2011
Quarto Domingo do Advento - Fiat!
Lucas 1, 26-38
Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc. 1, 38)
Neste quarto Domingo do Advento temos o trecho do evangelho que nos conta a anunciação do anjo a Maria. Esta passagem é bastante conhecida. O anjo Gabriel anuncia a Nossa Senhora que Deus a havia escolhido para ser a Mãe do Salvador. Desde toda a eternidade, Deus tinha escolhido Maria. O Senhor olhou para todas as mulheres, de todos os tempos e lugares, e viu em Maria aquela em quem cumpriria Suas promessas, viu nela a mulher que esmagaria a cabeça da serpente. Olhou para a humildade de sua serva, justamente para a virtude que faltou a Eva. Assim, como a mulher que seria Sua mãe era do povo judeu, Deus escolheu este povo para que, dele, nascesse o Salvador.
É por causa de Maria que Deus não escolheu nenhum outro povo, mas os judeus. Deus preparou Maria preservando-a do pecado original. Tinha que ser imaculada porque recebia em seu ventre o próprio Deus. Assim como a presença do Senhor não permanecia no Templo de Jerusalém quando este era profanado e se tornava impuro, do mesmo modo, Deus não poderia habitar na Virgem Maria – quanto mais receber sua carne – se esta estivesse manchada pelo pecado. Assim nos revela o arcanjo Gabriel quando lhe chama por um novo nome: cheia de graça. A Santíssima Virgem é repleta da graça de Deus não tendo espaço para o mal.
Em resposta ao anjo, Maria faz-se, na fé, totalmente obediente a Deus: que se faça nela a vontade de Deus. Maria nada reservou de si. Entregou-se totalmente ao projeto de Deus. Que também nós sejamos obedientes a Deus, dóceis a Sua palavra e creiamos de todo o coração como Maria acreditou.
11 de dez. de 2011
3º Domingo do Advento - João Batista: testemunha da Luz
João 1, 6-8.19-28
“João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.” (Jo 1, 26)
A sociedade moderna passa pela mesma dificuldade que a sociedade judaica contemporânea a João: não conseguem reconhecer o Cristo entre nós. A dureza do coração diante de Jesus Cristo faz com que muitos busquem falsos profetas e falsas doutrinas, se embrenhando em religiões estranhas, nas heresias histéricas e que criam falsas ilusões em nome de Jesus, no esoterismo, ou ainda esta sociedade que busca o sensível, a experiência como prova – o que vem acontecendo mesmo entre os cristãos – esquecendo da suavidade da presença de Cristo no meio de nós.
As pessoas supervalorizam os milagres extraordinários, as manifestações de dons e carismas e até – pasmem! – shows de possessão demoníaca, reais ou não. Será que cansamos de andar na luz que é Cristo ou nos acostumamos tanto com Sua presença que Ele passa despercebido por nós, como em Sua presença real, mas encoberta sob o véu do sacramento da Eucaristia? Desde a ressurreição, Cristo está vivo no meio de nós, sem jamais nos abandonar. Não cremos mais em Sua presença?
A voz da Igreja continua soando no deserto como a de João Batista. Numa aridez cada vez maior, a Igreja se mantém firme em anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo, dando testemunho da Luz, porém é sempre vista com desconfiança, ameaçada, caluniada por aqueles que não querem reconhecer em Jesus o Cristo Senhor. Que neste Natal abramos o coração para receber Aquele que veio nos salvar de nossos pecados através da humildade e simplicidade de uma criança que aparentemente nada tinha de especial e era o próprio Deus feito homem.
5 de dez. de 2011
2º Domingo do Advento - O precursor João Batista
Marcos 1, 1-8
“Uma voz clama no deserto: traçai o caminho do Senhor, aplainai as suas veredas.” (Mc 1, 3)
A missão de São João Batista era preparar o povo para receber o Salvador, Jesus Cristo. Seu batismo não era sacramento, mas o preparava através do arrependimento para que se voltasse para o Cristo, Aquele que nos justifica pela água e pelo Espírito Santo. Os profetas sempre foram aqueles que clamam no deserto, que acabam falando ao vento, sem que os homens e mulheres dêem ouvidos ao que estão dizendo. E a Igreja segue este caminho. Sendo luz das nações, estas preferem andar nas trevas a escutá-La.
Cada um se considera seu próprio profeta, que perscruta o coração de Deus e pode decidir por si mesmo a Sua vontade. Vivemos no tempo da conversão, de nos prepararmos para o Senhor que veio, vem e virá. Eliminemos o pecado de nossas vidas. Voltemos para Deus enquanto é tempo. Ouçamos a voz do Espírito que fala através da Sua Igreja.
27 de nov. de 2011
1º Domingo do Advento - Vigiai!
Marcos 13, 33-37
“Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo.” (Mc 13,33)
Ainda que saibamos que Jesus voltará, não sabemos a data, mas temos certeza que iremos nos encontrar diante do tribunal de Deus assim que morrermos. E ali, Jesus Cristo, Supremo Juiz, definirá nosso destino eterno: salvação ou condenação. Não podemos deixar pra amanhã nossa conversão, fazer a vontade de Deus e a prática de boas obras.
.Mesmo que gozemos de boa saúde, sejamos jovens ou crianças, não imaginemos que temos tempo, adiando dia após dia nossa conversão, pois não sabemos que hora a morte pode nos visitar. Não temamos a morte que é inevitável, mas temamos o pecado que pode nos condenar ao sofrimento eterno.
.
Se vivermos na graça de Deus, perseverantes na fé, nada tememos, nem a vinda do Senhor, nem nossa morte, pois encontraremos Aquele que amamos e no amor não há temor. Mas o que vemos é um descaso com Deus, cada um vivendo como bem entende e se é verdade que Deus é amor, também é verdade que é justiça.
20 de nov. de 2011
Festa de Cristo Rei do Universo
“Responderá o Rei: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 40)
O Reino de Deus foi inaugurado com a vinda de Jesus Cristo e continua na Igreja por Ele fundada. Aonde a Igreja chega, chega o Reino e Jesus reina nas almas purificadas pelo batismo, naqueles que estão na graça de Deus. E a lei deste Reino é o amor. O indivisível amor a Deus e ao próximo é o sinal da presença do Reinado de Jesus. Ele mesmo deu-nos o exemplo: sendo Rei veio para servir e continua vindo humildemente em cada eucaristia celebrada. Assim como, pelo batismo, participamos do ministério régio de Cristo, sejamos servidores dos nossos irmãos mais necessitados. E quando Jesus voltar e implantar definitivamente seu Reino, seremos todos julgados. Na parábola, Jesus se dirige a Sua Igreja, pois os de fora já estão condenados. Julgará não somente nossa fé, mas também nossas obras.
O motivo da condenação de Jesus era verdadeiro: Ele é o rei dos judeus. Mas não aquele rei-messias que os judeus esperavam, que libertaria Israel da dominação romana. Para quem assistia a crucificação, lá pendia um rei derrotado, inerte, que é desafiado pelos sacerdotes, pelo povo, pelos soldados a se salvar. Um de seus companheiros de suplício pedia-lhe que se salvasse e que salvasse a eles também. Mas era exatamente isto que Jesus fazia. Ele reinava a partir da cruz, vencia o verdadeiro inimigo, o demônio. O bom ladrão conseguiu perceber isto, que Jesus era Rei, mas que Seu Reino não era deste mundo e que a Sua arma era o amor até o fim e não a espada. Jesus reina. Ele venceu a cruz, ressuscitou. Infelizmente poucos creram e crêem para que Jesus reine em suas vidas.
13 de nov. de 2011
Parábola dos Talentos
Mateus 25, 14-30
“A um deu cinco talentos; a outro dois; e a outro um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.” (Mt 25, 15)
O Senhor Jesus reparte Seus dons entre Seus servos para que eles os façam produzir. Sabe da capacidade, das limitações e fraquezas de cada um de nós e nunca exige mais do que podemos. O que nos atrapalha, como na parábola, é o medo. Hoje, temos medo de amar, somos egoístas, juntamos apenas para nós e não somente bens materiais. Não somos donos de nada, nem do nosso corpo, nem de nossa vida. Somos meros administradores dos bens de Deus. A fé somente não nos basta. Tem que vir acompanhada de obras e para realizá-las é que Deus nos capacita. Na Sua volta – ou quando nós formos ao Seu encontro – teremos algo para apresentar? Será que estamos produzindo algum fruto de penitência, justiça, caridade para apresentar ao Senhor ou tememos perder o que temos e nos agarramos às coisas passageiras desta vida e esquecemos nossos bens eternos?
6 de nov. de 2011
Solenidade de Todos os Santos
Mateus 5, 1-12
Neste domingo, comemoramos o dia de todos os santos aqueles que foram fiéis a Jesus Cristo. Lemos no evangelho de hoje as bem-aventuranças, a “receita” de santidade que Jesus nos deu. Olhemos para os santos que a Igreja nos apresenta como modelos e obras-primas de Deus para que possamos imitá-los em nossa vida cristã. Neste dia, não honramos apenas os santos canonizados, mas todos aqueles anônimos que estão nos céus. O mundo de hoje não quer ouvir falar em santidade, que demanda sacrifício, renúncia de si próprio, entrega total a Providência Divina. Uma vida mais confortável, o imediatismo, o prazer desenfreado, fez com que o céu se tornasse desinteressante. A humanidade quer o céu aqui e agora. Abramos os nossos corações corajosamente a Jesus Cristo. Desejemos somente Ele, nosso Sumo Bem. Abandonemos o pecado e olhemos para os santos de Deus. “Se eles puderam, por que não podemos também?”
Fazemos nestes dias memória de todos aqueles que morreram na graça de Deus, tanto os que estão em Sua glória, os santos, quanto os que, ainda que salvos, estão em estado de purificação, pagando as penas temporais que não puderam ou não tiveram a oportunidade de pagar na terra. Comemoramos todos os santos, que foram fiéis a Cristo e que, no céu, não cessam de orar por nós. De nossa parte, ofereçamos a Deus nossas orações por nossos irmãos que padecem no purgatório, para que sejam purificados e adentrem a presença de Deus. Fazemos parte do mesmo Corpo místico de Cristo, estamos em comunhão, no amor que não acaba com a morte. A morte não tem a última palavra para os que crêem em Cristo. Nosso fim último é a ressurreição.
16 de out. de 2011
O que é de César e o que é de Deus
Mateus 22, 15-21
“Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22, 21)
Mais uma vez, tentam capturar Jesus numa armadilha. É perguntado a Ele se é permitido pagar o imposto a Roma. Como todos sabem, no tempo de Jesus, a Judeia era um protetorado romano e devia pagar por isso. Os cobradores de impostos eram odiados pelos judeusm pois representavam a exploração romana. Jesus pede a moeda com a qual se pagava o imposto e vê nela a imagem do imperador e a inscrição que apresentava o imperador como divino e filho de Deus. Se a moeda tem a imagem do imperador que é tido por um deus, Jesus manda que se devolva ao imperador aquilo que é dele. O imperador não é um deus. Nem filho de Deus. Este título cabe verdadeiramente a um só: Jesus Cristo. Não se deve adorar o imperador, mas respeitar o Estado.
Nem a Igreja pode ou quer ter o governo civil, nem o Estado tem autoridade religiosa. O que vemos hoje é uma repulsa à Igreja no âmbito civil, relegando a religião à prática pessoal quando não a proíbe. Os católicos estão cada dia mais privados de defender seus valores publicamente. A mentalidade laicista quer retirar da vida pública qualquer manifestação religiosa e atenta contra a liberdade de consciência. Toda autoridade vem de Deus, mesmo numa democracia, pois Ele tem as rédeas da História em suas mãos. Temos obrigação de cumprir nossos deveres civis desde que estes não sejam contrários à lei moral. Fujamos de toda e qualquer estatolatria.
9 de out. de 2011
Parábola da festa das bodas
Mateus 22, 1-14
“Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos.” (Mt. 22, 14)
Jesus utiliza-se de uma analogia comum nas Sagradas Escrituras: a figura da festa de casamento com a aliança de Deus com os homens. Na parábola, o rei é Deus que celebra as bodas de seu Filho, que, encarnando-Se, uniu-se com a humanidade em Cristo Jesus. Os convidados especiais para este casamento eram os judeus. O povo judeu foi o depositário da aliança divina, ratificada por Moises no Monte Sinai. Porém, o povo judeu, em sua maioria, rejeitou a aliança, tornando-se infiel.
Quando chegou a plenitude dos tempos em que a aliança definitiva seria selada em Jesus, o Messias, os judeus foram os primeiros convidados. Mas, infelizmente, rejeitaram o convite, desprezaram os enviados de Deus, mataram muitos deles. Então, o rei mandou que fossem convidados todos que se encontravam nos caminhos, todos os povos, de todas as nações para que celebrassem as bodas e entrassem no Reino de Deus, a Igreja que em sua catolicidade, acolhe todos os povos. Quando o rei entrou na festa para ver os convidados, notou que um deles se encontrava sem o traje nupcial, a “roupa de festa”. E mandou que o pusessem para fora, pois não estava trajado condignamente.
Quantas vezes os enviados de Deus nos convidam para que façamos parte da festa das bodas de Seu Filho Jesus e nós recusamos. Os enviados de Deus são maltratados, zombados, ignorados e muitos são mortos como comprova o grande número de mártires no último século e início deste. Não sejamos como estas pessoas, pois a parábola diz que o rei castigou severamente àqueles que rejeitaram seu amoroso convite. No mundo há cerca de 1,150 bilhão de católicos. Quantos destes são praticantes e vivem em santidade buscando fazer a vontade de Deus?
Vimos que não basta ser convidado para o Reino de Deus, nem aceitar o convite: é preciso estar vestido com a roupa conveniente, com a veste de justiça e santidade. Estar na Igreja, ser católico não é garantia de salvação para ninguém. Participar apenas da Santa Missa dominical, fazer algumas orações, dar alguma esmola, ou melhor, fazer o “arroz com feijão”, não é suficiente. É preciso mais, é preciso se entregar totalmente a Deus, ser fiel à Igreja de Cristo e amar os irmãos como Jesus nos amou.
3 de out. de 2011
Os vinhateiros homicidas
Mateus 21, 33-43
“Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus e será dado a um povo que produzirá frutos dele.”(Mt. 21, 43)
A vinha do Senhor, plantada e tratada com tanto carinho, é povo de Israel, escolhido por Deus para que, através dele, fosse implantado Seu Reino. Durante toda sua História, grande parte dos judeus foi infiel à Aliança que fizeram com Deus. Trataram mal esta preciosa vinha em vez de fazê-la produzir frutos de justiça e santidade. Não quiseram vê-la como dom, mas como propriedade.
Ele então enviou seus profetas. Ao longo de toda a História de Israel, os profetas tiveram a missão de colocar o povo de Deus nos seus trilhos, chamando a cada um para fazer a vontade de Deus e para que fosse preparadi um povo bem disposto para receber o Messias, mas eles não os ouviram, os perseguiram e mataram-nos. Quando Jesus veio, o próprio Filho, a maioria dos judeus não creu Nele como o Messias prometido, renegando-O. Os sumos sacerdotes e anciãos do povo, membros do Sinédrio - para quem Jesus está dirigindo esta parábola - entregaram Jesus Cristo aos romanos e estes o conduziram para fora da vinha - Jerusalém - e o mataram.
Desta forma, com a rejeição de parte dos judeus, Deus chamou para formar Seu Reino, Sua Igreja, pessoas de todos os povos e nações. Esta é nossa responsabilidade. Através da fé e do batismo, nós entramos para trabalhar nesta vinha. E estamos produzindo frutos? Fazemos penitência, obras de misericórdia, amamos a Deus e aos irmãos? Quando o Senhor da vinha vier – ou nós irmos ao Seu encontro – teremos frutos para apresentar?
12 de set. de 2011
Se o 11 de setembro fosse no Brasil
1. O governo colocaria a culpa do atentado no governo FHC e na política neoliberal;
2. A mídia seria culpabilizada por mostrar somente um dos lados do atentado;
3. O governo perdoaria a Al-Qaeda, pois esta é uma vítima da sociedade capitalista e por isso agiu assim;
4. O governo do PT abriria uma linha de crédito no BNDES para a Al-Qaeda.
Parábola do servo cruel
Mateus 18, 21-35
“Assim vos tratará meu Pai celeste se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração.” (Mt 18, 35)
São Pedro pergunta a Jesus se devemos perdoar o irmão até sete vezes. Para o apóstolo, perdoar sete vezes já seria um ato magnânimo. Antes da Lei de Talião, o injustiçado podia se vingar sete vezes sobre o agressor. Exemplo: se alguém matasse um membro de sua família, você poderia matar sete membros da família do assassino. Com a Lei de Talião, a justiça era realizada causando ao agressor o mesmo tipo de agressão: o famoso “olho por olho, dente por dente”. Jesus surpreende a Pedro e a nós: deve-se perdoar sete vezes setenta, ou seja, perdoar sempre. E para ilustrar o alcance do perdão e o porquê devemos perdoar uns aos outros, Jesus conta-nos a parábola do servo cruel.
Na parábola, o servo que não tinha como pagar o Rei devia uma fortuna em toneladas de ouro e implorando sua misericórdia, é perdoado. Todos nós nascemos com o pecado original, sem a graça de Deus. Nossa dívida com Deus é imensa e não conseguimos pagar com nossos próprios esforços. Dependemos inteiramente da misericórdia divina. Por nossas próprias forças não poderíamos nos salvar. Por isso que Deus enviou Seu Filho ao mundo e é pela fé e pelo batismo que somos perdoados. Jesus carregou todos os nossos pecados e com Sua morte pagou a dívida que tínhamos para com Deus.
Diante disso, não podemos negar o perdão às pessoas que nos ofendem. O servo que foi perdoado pelo Rei, saindo de sua presença encontra um companheiro, da mesma condição que ele, que lhe deve algumas moedas, que, comparadas a sua dívida com o Rei é absolutamente nada. Mas ele não tem piedade e obriga o companheiro a que pague. Por mais grave que seja a ofensa dirigida a nós, ela é mínima diante de qualquer pecado que fere nossa relação com Deus, pois só Ele é perfeito. Deus nos perdoa sempre que nos arrependemos desde que perdoemos sempre àqueles que pecam contra nós.
Per doar não é fácil. Às vezes, perdoar exige virtudes heróicas. Os pecados contra nós podem ser gravíssimos: o assassinato de um ente querido, um estupro, pessoas que nos prejudiquem no trabalho, na vida familiar. Para perdoar, precisamos da ajuda do Espírito Santo que age em nós, pois o perdão é um dom. Perdoar é uma decisão. É assemelhar-se com Cristo. É ser misericordioso como o Pai é misericordioso. Olhemos para Jesus na cruz: perdoou a todos os seus algozes e mais, sendo inocente, levou sobre Si todas as nossas culpas, sentindo na pele todo o mal que o pecado faz.
O perdão de Deus traz esta condicionante: só seremos perdoados se perdoarmos nossos irmãos. Na parábola, o Rei retira seu perdão ao servo ao saber que não tratou o companheiro com misericórdia. Esta condição perpassa todo o Evangelho, inclusive na oração do Pai Nosso. Por isso, quando rezamos a oração do Senhor, façamos um exame de consciência para que estejamos dizendo a verdade diante de Deus.
4 de set. de 2011
A correção fraterna
Mateus 18, 15-20
“Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvires terás ganho teu irmão.” (Mt. 18, 16)
No mundo que vivemos impera a ditadura do relativismo. Não há mais o certo e o errado. Cada um é seu próprio legislador, faz sua própria moral. Todos estão certos, não há verdade absoluta. E se não há verdade absoluta que importância tem a Igreja, o Cristo, Deus? E graças a este conceito que contaminou nossa sociedade, vivemos um terrível período de decadência moral e seus efeitos já podem ser sentidos e não são bons. Nós como cristãos somos luz do mundo e sal da terra e, por isso, devemos denunciar o pecado. Amar o próximo não é deixá-lo fazer o que bem entende. Isto é indiferença. O maior ato de caridade que há é apresentar a ele a sã doutrina, mostrar ao próximo que ele está no caminho errado e ensiná-lo o verdadeiro.
Se conhecemos a Verdade apresentada por Cristo e não a comunicamos àqueles que estão no erro, pecamos por omissão. Nosso dever é lançar as sementes sem exagerado respeito humano, sem se preocupar em sermos “politicamente corretos”. Muitas vezes ouvimos o argumento, até mesmo entre nós, católicos, que afirma o “não julgará” quando se trata em corrigir fraternalmente as pessoas. Neste trecho do Evangelho, Jesus mostra claramente que as coisas não são bem assim. Ordena que corrijamos nossos irmãos – e deixemo-nos corrigir – sem orgulho ou para humilhá-las, mas com amor, pois a intenção é que se convertam.
A correção deve acontecer na privacidade, sem causar escândalos que podem mais prejudicar do que ajudar o irmão. Deve contar com pessoas preparadas e que nada aconteça sem a autoridade da Igreja que sabe discernir o certo e o errado. É neste ponto que também devemos entender a correção: a Igreja, sustentáculo da verdade, tem a sã doutrina e é guardiã dos ensinamentos puros de Cristo. Lembremos que fora dela não existe salvação, portanto, as religiões não são todas boas, nem as heresias estão abolidas. Há uma verdade e esta se encontra na Igreja fundada por Cristo, Una, Santa, Católica e Apostólica, a qual o próprio Senhor deu o poder de ligar e desligar na terra.
28 de ago. de 2011
Tome sua cruz e Me siga
Mateus 16, 21-27
“Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mt 16, 26)
São Pedro acabara de confessar que Jesus era o Cristo. Logo após, ao ouvir o anúncio de Sua Paixão, o primeiro dos apóstolos, ainda contaminado pela idéia do Messias político, imediatamente repreende-o. Como é difícil compreender a loucura de amor que Deus demonstrou por nós ao Se encarnar e morrer da morte mais infame na cruz. Somente com o Espírito Santo podemos compreender que a cruz é a nossa vitória e quantos inimigos da cruz existem nesse mundo. Até mesmo igrejas que se dizem cristãs rejeitam veementemente a cruz de Cristo ou quando a utilizam, apresentam-na vazia argumentando que o Senhor não permaneceu nela, mas ressuscitou. De fato, mas a cruz vazia também não representa nada. Todas as cruzes ficavam vazias assim que o condenado morria e era retirado. Cristãos, não se envergonhem da cruz de Cristo! E, além dos tabus com imagens, certas igrejas também não adotaram a ideologia do mundo: sem encontrar razão para o sofrimento, sem mortificações, sem sacrifícios, prometendo uma vida saudável, feliz e próspera, quanto o Senhor Jesus jamais prometeu tal vida a seus seguidores?
Hoje em dia, a palavra de ordem é aproveitar a vida com todo o prazer que ela possa nos proporcionar. Assim como Pedro se dirigiu a Jesus tentando convencê-Lo a não Se sacrificar, o diabo, através das ideologias do individualismo, materialismo, da busca pelo prazer, nos diz que a vida é curta e devemos aproveitá-la. Nada mais de mortificações dos sentidos e do corpo – e, infelizmente, muitas correntes cristãs embarcaram nessa – faça o que tiver vontade. Parece um bom conselho. O ídolo principal hoje se chama felicidade. Em busca dessa falsa felicidade inventada no Iluminismo retiram-se tudo que pareça obstáculo pra alcançá-la. Filho indesejado? Aborto. Doenças terminais e incuráveis? Eutanásia. Quer fazer sexo? Faça com quem, como e na hora que quiser. Gaste todo seu esforço e tempo para alcançar dinheiro. Tenha uma vida confortável. Do que adianta viver uma vida confortável, acovardada e "feliz" se, ao morrermos, formos condenados ao eterno sofrimento, no inferno.
A verdadeira felicidade consiste em fazer a vontade de Deus. Não há salvação sem cruz. Não há ressurreição sem cruz, esta é a verdade do Evangelho e quem quiser seguir a Jesus Cristo terá que carregar a sua cruz. é uma condição, não há outra. Mas a cruz que o Senhor nos dá é um fardo leve, é o jugo de Cristo que devemos tomar sobre os ombros. E no que consiste esta cruz? Nos sacrifícios diários das nossas vontades egoístas, da fuga do pecado, dos prazeres ilegítimos (e dos legítimos também para aperfeiçoar nossa vontade) e, sobretudo, o amor a todos, suportando aqueles que nos maltratam, os inconvenientes e toda sorte de contratempos em nossas vidas. Realmente a vida é curta e única e define nossa eternidade no céu ou no inferno. A decisão é nossa.
24 de ago. de 2011
Se isto é estar na pior...
21 de ago. de 2011
Assunção da Santíssima Virgem Maria
“Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações porque realizou em mim maravilhas aquele que é Poderoso e cujo nome é Santo.” (Lc. 1, 48-49)
Hoje celebramos a assunção da Santíssima Virgem Maria. Aquela que foi escolhida por Deus desde todos os tempos para ser a mãe do Cristo Salvador, Deus feito homem, após sua vida terrena, foi levada ao céu, por Seu Filho, em corpo e alma. A Imaculada não podia ficar entregue à corrupção. Seu Filho, cumpridor de toda a Lei, honrou Sua mãe até o fim, entronizando-a no Reino de Deus, coroando-a como Rainha. Se um dos primeiros atos de Salomão foi colocar a sua direita, um trono para sua mãe e sendo ela uma adúltera foi coroada rainha do Povo de Deus, quanto mais a incomparável Virgem Maria, cujo trono, “Aquele que é maior que Salomão”, não é infinitamente mais digna de tal honra. Ela é a imagem da Igreja gloriosa. Todas as promessas de Deus se cumpriram primeiramente em Maria. É a ela que devemos imitar.
A humildade de Maria derrota a soberba de Eva. Eva rejeita a Deus; Maria se submete inteiramente ao Senhor. A imaculada virgem Eva oferece ao homem o fruto do pecado, a imaculada virgem Maria oferece á humanidade o fruto da salvação. Todos os atributos de Maria se relacionam diretamente a Jesus Cristo e Sua missão salvífica. Tudo em Maria foi realizado por Deus Todo-Poderoso, portanto quando bendizemos Nossa Senhora, bendizemos a Deus porque o elogio não pára na obra, mas se refere ao Artista. Maria é a obra-prima de Deus, e, sendo glorificada em corpo e alma, representa e inaugura o que será a Igreja quando Cristo voltar. Em Maria, antecipa-se a vitória da Igreja. Por isso, Nossa Senhora é sinal de esperança para todos os cristãos.
7 de ago. de 2011
Jesus anda sobre as águas
Mateus 14, 22-33
“Mas Jesus logo lhes disse: ‘Tranqüilizai-vos, sou eu, não tenhais medo! ’” (Mt 14, 27)
Andando sobre as águas, Jesus mostra que é verdadeiro Deus demonstrando que as leis da natureza não O dominam. Jesus está em oração no alto do monte. Está na presença do Pai, está junto do Pai e vê a aflição de seus amigos. Desse modo, vai socorrer os apóstolos que corriam o risco de naufragar, pois o vento era-lhes contrário e as ondas lançavam a pequena barca de um lado para outro. Ao avistarem o vulto do Senhor em meio à tempestade, o medo toma conta deles, porque pensam ser um fantasma. Não crêem ser possível um homem andar sobre a água! Eles só se tranqüilizam ao ouvirem Sua voz. Mesmo assim, Pedro quer comprovar se é realmente Jesus e, diante do desafio de ir ao seu encontro, sai da barca e caminha em sua direção.
A coragem e a fé de Pedro são admiráveis até o momento que se apavora ao perceber a situação em que se encontra: sobre a água revolta, sem apoio para os pés, em meio à ventania. É uma situação insólita. Pedro esquece-se de Jesus e o medo toma conta de seu coração. Perde a confiança e diante da realidade evidente, afunda. Na noite em que Jesus foi preso, Pedro fraquejará na fé novamente. Horas antes disse que morreria com Cristo e naquela mesma noite negará o Senhor por três vezes. No mar da Galileia, Jesus tomou Pedro pela mão e o reconduziu à barca; com o olhar misericordioso de Jesus ao sair da casa de Caifás e a tríplice profissão de amor (Jo. 21, 15-19) de Pedro, o Senhor o reconduzirá ao timão da barca, ao pastoreio universal de Seu rebanho, à cabeça da Igreja.
No mundo de hoje, não são poucas as pessoas que vivem no medo, na insegurança. O elevado número de pessoas com depressão, chamada de o mal do século, comprovam isto. Os motivos para isto são muitos e, olhando a nossa volta, não conseguimos ver nenhuma solução. Há também pessoas que vivem uma vida materialmente confortável, mas não põem sua confiança em Deus. Estas pessoas vêem Jesus como um fantasma, um vulto histórico que nada pode fazer para ajudá-los ou que nem mesmo necessitam de Sua ajuda.
Porém, o Senhor Jesus está sobre o monte, está junto do Pai, à Sua direita e nos vê do alto dos céus e vem em nosso auxílio. Em meio às trevas, às dificuldades do mundo, invoquemos o Senhor para que nos socorra e não deixe-nos afundar. Mantenhamos os olhos fixos em Jesus e, mesmo que em algum momento de nossas vidas, desviando o olhar Dele, acabamos afundando – no pecado, no desespero – roguemos como Pedro: “Senhor, me salva!” e Cristo estendendo a Sua mão nos socorrerá.
31 de jul. de 2011
A primeira multiplicação dos pães
Mateus 14, 13-21
“Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos.” (Mt. 14, 20)
O trecho do Evangelho de hoje contrasta com a passagem anterior que narra o banquete natalício de Herodes, onde os prazeres do mundo são desfrutados, e este banquete é o tribunal onde João Batista é condenado. Mas o banquete servido por Jesus não atende aos prazeres oferecidos pelo mundo. Foi assim que o Senhor afastou o tentador quando este lhe desafiou a transformar pedras em pão: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”; e esta “Palavra se fez carne” e é o “pão descido dos céus”.
A essência deste milagre não está na partilha do alimento com quem tem fome, mas na doação de Si próprio que Cristo realiza na cruz e que se perpetua na Eucaristia. É nela que Cristo se multiplica sobre os altares do mundo todo, transubstanciando o pão em Sua carne e alimentando Seu povo, durante nossa peregrinação terrestre, através de Seus sacerdotes que são os sucessores dos apóstolos, os quais receberam o mandato de “dar eles mesmos de comer” aos discípulos de Jesus.
É após participarmos da Eucaristia, sacramento da caridade, onde comungamos o corpo de Cristo, do qual nós somos membros, que devemos ir ao encontro dos necessitados, nos doando uns aos outros, a exemplo de Cristo. É alimentados com o Pão da Vida que nos abre o coração para acabar com a fome – e não só de alimento – que assola o mundo. Que sejamos assíduos no Banquete do Cordeiro, na Santa Missa, onde o Cristo nos alimenta.
27 de jul. de 2011
Golpe Militar de 1964 e o Perigo Comunista
Jango propôs as Reformas de Base que tinham viés socialista, principalmente nas propostas de reforma rural e urbana, onde terras e imóveis seriam confiscados e pagos com títulos da dívida pública, o que necessitaria de mudanças constitucionais. João Goulart enviou ao Congresso, em 1963, uma proposta de emenda constitucional com este propósito, mas a emenda foi rejeitada, provocando fortes reações nos grupos de esquerda. O presidente estava cada vez mais isolado politicamente e resolveu usar a estratégia de falar diretamente às massas, apoiado pelas organizações de esquerda. Foi assim que aconteceu o primeiro comício na Central do Brasil, em 13 de março de 1964, onde Jango discursou para 150.000 trabalhadores [2]. As Reformas de Base foram vistas como um programa vago, podendo ser habilmente dirigida à implantação do socialismo no Brasil por via constitucional. As tentativas de mudar a Constituição de 1946, levaram os militares a agir, já que esta previa que as Forças Armadas deveriam garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem (BRASIL, Constituição Federal, art. 177, 1946). [3]
[...] a imagem de João Goulart como um presidente frágil, indeciso e que procurava tenuemente equilibrar-se entre uma esquerda e uma direita radicais, entra em contradição frontal com depoimentos que atestam sua intenção, desde o primeiro dia após sua posse, de manobrar o Congresso para não só derrubar o parlamentarismo (com a antecipação do plebiscito, inicialmente marcado para coincidir com o fim de seu mandato), mas para ampliar sensivelmente o poder presidencial (Cf. COUTO, 1999, p. 32). Essa impressão, amplamente documentada tanto por seus opositores quanto até por seus aliados mais próximos, vem reforçada por denúncias que teria procurado apoio militar para depor a democracia em pelo menos duas ocasiões: em 1960, para afastar Juscelino da presidência e suspender as eleições que davam amplo favoritismo a Jânio Quadros, segundo denúncia de Armando Falcão (Cf. SILVA, 1978, p. 297); e em 1962, quando pressionava o Congresso a antecipar o plebiscito para restaurar o presidencialismo, como denunciou Chermont de Britto (Cf. COUTO, 1999, p. 52). [4]
Outro fator que assustou os militares e levou-os ao golpe foi a revolta dos marinheiros em 25 de março de 1964. Os marinheiros realizavam uma reunião da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais, que era considerada ilegal. Na reunião, estavam presentes sindicalistas e Leonel Brizola, cunhado de João Goulart. O ministro da Marinha emitiu uma ordem de prisão contra os organizadores do evento que contava com dois mil marinheiros e fuzileiros navais. O pelotão com seu comandante designado para fazer a prisão aderiu à resistência. O presidente desautorizou o ministro da Marinha, proibindo as prisões e anistiou os revoltosos. [5] Deste modo, o presidente desrespeitou a hierarquia militar. O episódio demonstrou que parte das Forças Armadas poderia dar apoio militar a um possível golpe comunista.
Grupos da esquerda revolucionária, como o MRT e a ORM-POLOP foram fundados antes do golpe, em 1962 e 1961, respectivamente e a Frente de Mobilização Popular, liderada por Brizola, unificou todas as esquerdas: Comando Geral dos Trabalhadores, Ligas Camponesas, UNE, Ação Popular, a esquerda do Partido Socialista Brasileiro, a esquerda mais radical do PCB, os movimentos de sargentos e marinheiros. Brizola ainda organizou os Grupos de Onze, que propunha a luta armada ainda em 1963, e possuía uma cartilha com indicações como:
No terceiro capítulo, sobre a ação preliminar, os companheiros são instados a tentar conseguir o quanto antes armamentos para o "Momento Supremo". E a lista contempla desde espingardas a pistolas e metralhadoras. Com um lembrete: "Não esquecer os preciosos coquetéis Molotov e outros tipos de bombas incendiárias, até mesmo estopa e panos embebidos em óleo ou gasolina." A instrução reconhece a escassez de armas no movimento, mas conta com aliados militares (segundo o documento, "que possuímos em toda as Forças Armadas") e garante ter o apoio da população rural. "Os camponeses virão destruindo e queimando as plantações, engenhos, celeiros e armazéns." [6]
Em centros urbanos, a tática adotada será assumidamente a de guerra suja, com a utilização de escudos civis, principalmente mulheres e crianças. "Nas cidades, os companheiros [...] incitarão a opinião pública com gritos e frases patrióticas, procurando levantar a bandeira das mais sentidas reivindicações populares, devendo, para a vitória desta tática, atrair o maior número de mulheres e crianças para a frente da massa popular." Agitação é a palavra de ordem, com direito a depredação de estabelecimentos comerciais, saques e incêndios de edifícios públicos e de empresas particulares. Também estão incluídos ataques a centrais telefônicas, emissoras de rádio e TV. O objetivo? "Com as autoridades policiais e militares totalmente desorientadas, estaremos, nesse momento, a um passo da tomada efetiva do Poder-Nação." [7]
Continua Leonel Brizola: "No caso de derrota do nosso movimento, o que é improvável, mas não impossível [...] e esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição." [8]
Portanto, o argumento que os grupos de esquerda foram forçados à luta armada após 1964 não é verdadeiro. Eles já existiam e passaram a combater o regime porque não mais vislumbraram a possibilidade de atingir o poder através da via democrática, ou seja, do presidente João Goulart. Não é possível que de uma hora para outra este grupos que defendiam a implantação de um regime ditatorial de esquerda no país passaram a lutar pela democracia. Podemos ver que o risco de um golpe comunista existia e a sociedade pressentia, tanto que é claramente perceptível que o golpe civil-militar foi feito ás pressas, já que não possuía liderança e plano ideológico definidos.
24 de jul. de 2011
O tesouro e a pérola
Mateus 13, 44-52
“O Reino de Deus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que tem e a compra.” (Mt. 13, 45-46)
O Reino de Deus é o próprio Jesus Cristo. Na história da Igreja, muitos O encontraram por acaso como aquele que encontrou um tesouro no campo. Outros O encontraram depois de muito procurar como no exemplo do negociante de pérolas. Cristo é a Verdade, o único tesouro e a pérola de grande valor que muitas pessoas passam a vida toda procurando em várias religiões ou em ideologias políticas e filosóficas, sem encontrá-la.
Esta sede de Deus é natural em todo ser humano. Nós sentimos nostalgia de Deus e é nosso dever moral procurar a verdade que já se revelou no Filho de Deus. De fato, todas as religiões possuem sementes do Verbo, são “pérolas” de menor valor. A bondade, o amor, o fazer o bem e evitar o mal levam-nos e nos permitem a procura da Verdade que é Jesus Cristo. Outros se dizem cristãos, mas fazem de Jesus apenas mais uma de suas “pérolas”, numa mistura de religiões, crendo falsamente que todas sejam boas e tenham o mesmo valor.
Mas o Cristo é anunciado em toda esquina, em canais da TV. Como saber se a mensagem é verdadeira? É por isso que Jesus deixou-nos a Igreja fundada sobre os apóstolos e continuada em seus sucessores, os bispos. É na Igreja católica que a plena verdade de Cristo está presente. Ao encontrarmo-nos com Cristo, devemos nos converter e a conversão exige renúncias: “vender tudo o que tem”, se desvencilhar dos pecados e das práticas incompatíveis com o Evangelho. Só Ele basta. Ele é o Salvador que nos dá a Vida.
17 de jul. de 2011
Parábola do joio e o trigo
Mateus 13, 24-43
“No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo em meu celeiro.” (Mt. 13, 30)
Os filhos do Reino são aqueles que vivem na graça de Deus, enquanto os filhos do demônio são os que vivem no pecado. E o primeiro pecado é não adorar o Deus único e verdadeiro e reconhecer Jesus como o Cristo Salvador. Muitas vezes questionamos o silêncio de Deus diante da maldade no mundo. Queríamos que Deus agisse e esta aparente inércia é motivo de descrença de muitos. Na conhecida parábola do joio e do trigo, vemos que Deus é o Senhor da História e acompanha cada um de nós. Não confundamos a Sua longanimidade com indiferença.
O Reino de Deus também é comparado ao fermento posto na massa. Entre todos os ingredientes das receitas, o fermento é a menor quantidade, mas sem ele a massa não cresce. Nós, os cristãos, devemos ser o fermento da massa. Somos poucos diante da população, mas devemos fazer a diferença, testemunhando Cristo através da caridade e da santidade de vida.
10 de jul. de 2011
Parábola do Semeador
Mateus 13, 1-23
“Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um. Aquele que tem ouvidos, ouça.” (Mt. 13, 8-9)
Jesus é o semeador, Aquele que nos traz a revelação plena de Deus, e, através de seus pregadores, por toda a História, continua a espalhar Sua palavra. Muitas pessoas já ouviram ou até mesmo leram o Evangelho, mas não deixaram que esta palavra, que é o próprio Cristo, Verbo de Deus, surtisse algum efeito nelas. Muitas não dão a devida atenção a ela, ou não crêem ou crêem no que lhes são convenientes. Ainda que a moção à conversão já seja graça de Deus, preparar este terreno para recebê-la precisa de nossa colaboração. E, após recebê-la, não estamos livres de deixá-la infrutífera dentro de nós. Não basta apenas ouvirmos, lermos ou crermos nela. Devemos nos converter e praticarmos as boas obras, conforme o dom dado a cada um, que esta conversão exige.
4 de jul. de 2011
Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
Jesus pergunta a seus discípulos quem o povo pensava que era Ele. Simão, primeiro entre os apóstolos, declara inspirado pelo Pai, que Ele é o Cristo. Jesus, por sua vez, declara que Simão é a pedra sobre a qual edificará a Sua Igreja. Deste modo, Jesus une Pedro a Si, constituindo-o cabeça visível de Sua Igreja, pastor de Seu rebanho para assegurar a unidade da Igreja, não simbolicamente, mas com os poderes necessários para isto, representados pelas chaves do Reino. É com a fé de Pedro que toda a Igreja deve concordar. Pedro é mais que um nome, é uma missão que continua ao longo de toda a História, em seus sucessores, o Papa, bispos de Roma, cidade a qual Pedro foi crucificado de cabeça para baixo – martirizado juntamente com São Paulo, decapitado – por amor a Cristo. Devemos, portanto, mantermo-nos em comunhão plena com o Papa para que haja uma só fé e uma só Igreja.
Hoje, se a mesma pergunta de Jesus fosse dirigida a nós, a gama de respostas seria maior: uns dizem que Jesus foi um profeta; outros, um rabino; um homem bom; um revolucionário; um espírito elevado; alguns até dizem que foi um extraterrestre ou o fruto da imaginação e criatividade de homens da Palestina. Mesmo entre os cristãos, várias heresias distorceram a imagem de Cristo. Pedro, representando toda a Igreja, declara a fé onde a Igreja é estabelecida. Mesmo que precisemos de um encontro pessoal com Jesus Cristo, a fé não é uma impressão pessoal que temos do Senhor e sim o assentimento à fé da Igreja. Hoje, graças ao Espírito da Verdade que desceu em Pentecostes e nunca mais. Ele é o Messias anunciado no Antigo Testamento. O deixou a Igreja, conhecemos mais profundamente a pessoa de Jesus Salvador do gênero humano. O Deus encarnado. Para nós, quem é Jesus?
1 de jul. de 2011
As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus
19 de jun. de 2011
Solenidade da Santíssima Trindade
A Boa Notícia de Jesus Cristo
Ninguém pode duvidar do amor de Deus para conosco. Ainda quando éramos pecadores, Deus nos deu o Seu Filho gerado desde toda a eternidade para que possamos ser salvos por Sua morte e ressurreição. Deus nos amou primeiro e, para que sejamos salvos de nossos pecados, exige que aceitemos este convite ao amor, crendo
A fé cristã tem como fundamento o mistério da Santíssima Trindade, Um só Deus
17 de jun. de 2011
Luan Santana e a propaganda gay
Eu só sei que faz bem, mas confesso que no fundo eu duvidei
Tive medo, e em segredo, guardei o sentimento e me sufoquei
Mas agora, é a hora, eu vou gritar pra todo mundo de uma vez
Eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado
E se eu tiver errado que se dane o mundo, eu só quero você
11 de jun. de 2011
Solenidade de Pentecostes
É na força do Espírito Santo, nosso Defensor, que a Igreja prega o evangelho da salvação a toda a humanidade e, pelo poder do mesmo Espírito que foi dado aos apóstolos em Pentecostes e permanece na Igreja eternamente, aplica a remissão dos pecados conquistada por Cristo a todos que, pela fé e pelo batismo, ingressam Nela. Abramos nosso coração para que o Espírito Santo que recebemos no batismo realize sua obra, nos dê força, Seus dons e carismas para seguirmos a Cristo, dando a nossa vida por Ele.
5 de jun. de 2011
Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo
No poder do Espírito Santo, Sua missão é anunciar o Evangelho e livrar do pecado, pelo batismo, a todos os homens que crerem. A Igreja torna-se o Cristo prolongado na História. Além de estar presente por Seu Espírito, Cristo se faz presente na Igreja, todos os dias, ou melhor, todo o momento, na Eucaristia, em cada celebração do Santo Sacrifício e em cada sacrário de nossas igrejas. Não tenhamos medo. Cristo vive e está conosco até o fim dos tempos quando Ele voltar em toda a Sua glória.
1 de jun. de 2011
A vitória do Nazismo
22 de mai. de 2011
5º Domingo da Páscoa - Eu sou o caminho, a verdade e a vida
A Boa Notícia de Jesus Cristo:
João 14, 1-12
“Jesus lhe respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.’” (Jo 14, 6)
Desde o pecado de Adão nós estávamos privados da graça de Deus, separados d’Ele, e, por nossos méritos, não poderíamos chegar até Ele. Por isso, Jesus Cristo, que é Deus com o Pai e o Espírito Santo, veio ao nosso encontro e por Sua humanidade nos abriu o caminho até o Pai. Ele é a Verdade que nos liberta das falsas doutrinas e dos pecados e nos conduz à vida eterna. Portanto, é Jesus que nos revela Deus verdadeiramente. Alguém que crê em Deus, mas rejeita Jesus como o Cristo Salvador terá sempre um conhecimento parcial sobre Ele e, sem esta fé, e, consequentemente, sem o batismo, não poderá receber a justificação que nos foi merecida pelo sacrifício de Cristo e sermos incorporados à Sua Igreja, como pedras vivas neste Templo santo.
15 de mai. de 2011
4º Domingo da Páscoa - O Bom Pastor
13 de mai. de 2011
O Brasil captura Bin Laden
1. Como os advogados dele não estavam presentes na hora da prisão para garantir seus direitos, a ação seria ilegal;
2. Todas as escutas seriam consideradas ilegais por não terem autorização de um juiz;
3. Os militares seriam acusados de abuso de poder;
4. Em três dias teria um Habeas Corpus decretado por irregularidade nas investigações;
5. Por ser réu primário, não possuir outra condenação, ter nível superior e endereço fixo, responderia ao processo em liberdade;
6. Por possuir livre direito de ir e vir seria liberado para visitas à Meca;
7. Pelo direito de ampla defesa alocaria milhares de testemunhas a seu favor;
8. O processo levaria uma década estando ele em liberdade provisória;
9. Condenado a pena máxima de 30 anos, cumpriria 1/6 como manda a lei;
10. Durante o cumprimento da pena de cerca de cinco anos, poderia receber visitas das suas cinco esposas e teria induto para sair nos feriados, inclusive para comemorar o Natal e a Páscoa;
11. Depois de alguns meses preso, um Juiz decretaria que a prisão dele é ilegal por não constar o crime de "Terrorismo" no nosso Código Penal;
12. Para não manchar a imagem do Brasil junto ao mundo, ele sofreria a terrível punição de doar 10 cestas básicas para as Obras Assistenciais de Irmã Dulce.
13. Por último, teria suas cinco esposas empregadas no Ministério da Pesca e seria nomeado assessor especial de algum ministro, provavelmente o da Defesa.
8 de mai. de 2011
3º Domingo da Páscoa - Os discípulos de Emaús
A Boa Notícia de Jesus Cristo
Lucas 24, 13-35
Mas eles forçaram-no a parar: “Fica conosco, já é tarde e já declina o dia.” Entrou então com eles. (Lc. 24, 29)
Estes dois discípulos haviam posto suas esperanças no Messias político que iria restaurar o Reino de Israel em sua glória davídica e que, agora, era derrotado na cruz. Esta tristeza e falta de esperança fizeram com que não reconhecessem Cristo, que, mesmo ressuscitado, escondia Sua glória.
Ao chegaram, quiseram que Ele ficasse porque as explicações das Escrituras lhes confortavam. Reconhecem o Cristo quando este parte o pão. E voltam imediatamente, à noite, a Jerusalém. O caminho de Emaús segue o itinerário da Santa Missa. Devemos crer na presença de Cristo que está entre nós, através de Sua palavra e, sobretudo, na Eucaristia, onde, como a caminho de Emaús, Sua glória, apesar de real, está velada.
Não podemos, após este encontro pessoal com o Senhor ressuscitado, continuarmos na mesma vida, no medo e na desesperança, pois Cristo é a luz do mundo e não mais andamos nas trevas. Os discípulos de Emaús voltaram para os apóstolos, para a Igreja. Ao encontrarmos com Jesus Cristo, não fiquemos estáticos, mas imediatamente voltemos para a Igreja. Não podemos ser verdadeiros cristãos se formos “freelancers”, individualistas, achando que o encontro pessoal com o Senhor nos dispensa da Igreja fundada sobre os apóstolos. Sem a Eucaristia, não podemos afirmar que conhecemos o Cristo vivo. Ele não passará de uma lembrança lida nas Escrituras.
1 de mai. de 2011
2º Domingo da Páscoa - Profissão de fé de São Tomé
A Boa Notícia de Jesus Cristo
João 20, 19-31
“Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto.” (Jo 20, 29)
Ao anoitecer do domingo da Ressurreição, Jesus aparece aos apóstolos reunidos às portas fechadas. Entra demonstrando que, apesar de ser o Mestre, Aquele que foi crucificado, Seu corpo não era mais o mesmo corpo mortal, não estava mais preso às limitações do espaço. Os apóstolos e demais discípulos estavam com medo e por isso permaneciam escondidos e com as portas bem trancadas. Mas na primeira aparição do Ressuscitado a todos, Jesus mostra-lhes que devem continuar Sua missão. Como o Pai O enviou, Ele também os envia e dá-lhes o Espírito Santo para que possam levar ao mundo o que Ele conquistou na cruz: o perdão dos pecados. Estender a Divina Misericórdia até os confins da terra é a missão da Igreja.
Porém, um dos apóstolos não está presente: Tomé. Quando o encontram, seus companheiros alegremente contam que viram o Senhor. Todavia, ele não crê. Quer provas. Mais do que nunca, o mundo exige de nós, cristãos, as provas de nossa fé. Não crêem em nada que não possa ser medido ou experimentado. A fé
Nós não vimos o Ressuscitado, mas, pela fé no testemunho da Igreja, devemos crer. Se não crermos que Jesus ressuscitou, nossa fé é vazia. A fé no Senhor Ressuscitado e no perdão dos pecados que a Igreja, sacramento de salvação, leva a todos os povos é a verdadeira paz que o Senhor nos dá. Não como a paz do mundo, mas, entre os mais variados sofrimentos de nossas vidas, lançamos o olhar sobre nosso Salvador e é em Sua misericórdia que depositamos nossa esperança. Aprendamos esta verdadeira paz, em meio as tribulações de nossas vidas, com o Papa João Paulo II, beatificado no dia de hoje,