Hoje em dia, liberdade é um dos conceitos da moda, seguido de perto ou emparelhado com o conceito de felicidade. Mas o que é liberdade? Defende-se que liberdade é fazer o que se quer. Mas é exatamente o contrário. Liberdade é fazer o que não se quer. Ninguém é livre para sentir fome ou sede. Somos livres, pois, quando renunciamos à comida ou à bebida. A liberdade está na renúncia. Considerar-se livre por ser arrastado pelos instintos mais primitivos seria como sentir-se livre por estar preso no solo pela força da gravidade ou por ser arrastado pela correnteza de um rio, quando, na verdade, livre é aquele que alça voo ou nada contra a corrente.
Alguém poderia objetar: "Mas somos livres para fazer escolhas. Podemos escolher, por exemplo, entre comer ou não comer e nisso consiste a liberdade". Na verdade, esse seria o livre arbítrio, o poder de tomar livremente decisões, mas não é a liberdade. A liberdade ou a falta dela são consequências do livre arbítrio. Livremente, podemos ou não nos submetermos a algo que nos escravize, mas não podemos chamar tal escravidão de liberdade. Vejamos o exemplo de Adão e Eva: livremente escolheram desobedecer a Deus e comer do fruto proibido. Como consequência, perderam o estado de justiça e santidade. Perderam o paraíso. E não podemos dizer que se tornaram mais livres, muito pelo contrário.
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", disse Jesus. E o que é a verdade? A verdade tem um rosto, é uma pessoa: Jesus Cristo. Somente Ele pode nos dar a verdadeira liberdade - a liberdade dos filhos de Deus -, nos tornar livres do homem velho, das tendências da carne que nos prendem à terra. Em Cristo, somos livres dos modismos, dos apelos comerciais, das pressões ideológicas. Somente em Cristo podemos sair de nós mesmos, nos libertar do poder do Mal e da morte, nos libertar dos pecados que nos afastam do que somos: imagem e semelhança de Deus.
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