Veja também: As origens da igreja anglicana - Parte I
São Thomas Becket |
O fundador da igreja Anglicana (chamada também de Episcopal) foi o rei inglês Henrique VIII. Este recebeu do Papa Leão X o título de "Defensor da Fé" pela sua obra "Afirmação dos Sete Sacramentos" em resposta a obra de Lutero chamada "O Cativeiro Babilônico". Todavia, em resposta à recusa da anulação de seu casamento feita pelo Papa (posteriormente Henrique VIII casou-se e descasou-se sete vezes), o Rei instigou, em fevereiro de 1531, a assembléia do clero a proclamá-lo "Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra" o que na prática rompia a relação e a subordinação eclesiástica com a Santa Sé. Em 1532, o rei elevou à categoria de arcebispo de Cantuária (cargo mais alto da hierarquia anglicana) Thomas Cranmer que, numa viagem a Alemanha, tinha entrado em contato com o luteranismo.
A partir daí, a Igreja Anglicana afastou-se em muitos aspectos da doutrina católica, sendo muito influenciada por idéias calvinistas e luteranas. Consequentemente, muitos mosteiros foram fechados, relíquias e imagens foram destruídas. Apesar de guardar alguns aspectos da doutrina católica como os sete sacramentos e a hierarquia episcopal, nega a comunhão dos santos e a veneração à Virgem Maria. Não obstante, a hierarquia episcopal anglicana não é reconhecida pelo Vaticano, uma vez que foi reconstituída por Elisabeth I no ano de 1559, após ter sido praticamente extinta pelo rei anterior, quando nomeou um capelão dela a categoria de arcebispo de Cantuária, segundo um ritual novo chamado "Ordinal", confeccionado no reinado de Eduardo VI. (Bettencourt)
Henrique VIII |
Henrique VIII desapropriou a Igreja e os católicos e os perseguiu condenando-os à morte. Inclusive seu chanceler, São Thomas More foi condenado à decapitação. As ordenações na igreja anglicana são inválidas e, portanto, se à época de Henrique VIII constituía um cisma, hoje a situação é mais grave:
“Por isto, e aderindo estritamente, neste caso, aos decretos dos pontífices, nossos predecessores, e confirmando-os mais completamente, e, como o foi, renovando-os por nossa autoridade, de nossa própria iniciativa e de conhecimento próprio, pronunciamos e declaramos que as ordenações conduzidas de acordo com o rito Anglicano foram, e são, absolutamente nulas e totalmente inválidas.” (Papa Leão XIII, Bula Apostolicae Cureae, 36 Apud. BRODBECK)
“O defeito de forma, no Ordinale eduardino, foi uma das razões mais fortes que determinou a decisão de Leão XIII contra a validez das ordenações anglicanas; defeito de forma que, como em seguida se vê, reflete um defeito de intenção. A razão que levou Leão XIII a não reconhecer como válidas – por defeito de forma – as ordenações anglicanas é substancialmente a mesma pela qual o Cardeal Legado Polo, enviado à Inglaterra nos tempos de Maria Tudor, não reconheceu como válidas as ordenações anglicanas realizadas de 1550 a 1553, sob Eduardo VI. Só quem tivesse sido ordenado antes de 1550, isto é, antes da composição do Ordinale eduardino, é que foi reconhecido como verdadeiro Bispo e como verdadeiro sacerdote tanto pelo Legado Polo como pela Rainha Maria. Quem tivesse sido ordenado segundo o Ordinale eduardino e manifestasse o desejo de ainda se dedicar à vida sacerdotal, era re-ordenado ‘de novo et absolute’. Os casos registrados são muitos, tanto antes como depois de 1704, ano em que essa disciplina foi declarada obrigatória pela Igreja Católica.” (REGINA, Prof. Giuseppe. O Anglicanismo. Panorama histórico e síntese doutrinária, São Paulo: Paulinas, 1960, p. 191, Ibidem)
Veja também: As origens da igreja anglicana - Parte I
Referências:
BETTENCOURT, Dom Estêvão. Apostolado Veritatis Splendor: O PROTESTANTISMO E SUA GENEALOGIA - PARTE II. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/801. Desde 02/07/2003.
BRODBECK, Rafael Vitola. Apostolado Veritatis Splendor: A SUCESSÃO APOSTÓLICA NA IGREJA ANGLICANA. A QUESTÃO DAS ORDENAÇÕES ANGLICANAS SEGUNDO LEÃO XIII. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4411. Desde 17/08/2007.
Fostes só pela versão fantasiosa,onde o autores consultados(dom estevão e rafael vitola brodbeck)além de serem membros de uma ordem episcopal/papista romana,ao escreverem tal obra,antes de mais nada deveriam escrever os mesmos,usando critérios que não fossem contra dogmas papais.POIS POIS MACUNAÍMA,TENS QUE ACORDAR,ANTES O SOL VOS DERRETA O RESTO DE VOSSO CÉREBRO(SE ÉS QUE AINDA POSSUAS UM)!
ResponderExcluirFantasiosa? História virou fantasia, pois é. rsrsrs
ResponderExcluirClaro. Henrique VIII foi um santo homem, honesto, tolerante, fiel a esposa (qual das sete?). Eu me divirto.