Por isso, também vós ficai preparados!
Porque na hora em que menos pensais,
o Filho do Homem virá. (Mateus 24, 44)
Hoje iniciamos mais um Ano Litúrgico com o primeiro Domingo do Advento. O Advento é tempo de preparação para a comemoração do Natal de Jesus quando Ele veio a nós. Mas também é um período em que a Igreja nos propõe refletirmos sobre a outra vinda de Jesus, quando Ele vier em sua glória para julgar a humanidade. Portanto, é uma época como a quaresma, ainda que em intensidade menor, de penitência e reflexão. No evangelho de hoje, Jesus nos avisa sobre esta sua vinda definitiva. Diz-nos que ela será repentina, sem aviso prévio, como foi o dilúvio no tempo de Noé. Dá-nos a seguinte imagem como exemplo: “Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”.
Portanto, como Jesus nos pede, fiquemos atentos. E o que devemos fazer? Façamos o que Paulo nos indica na carta aos romanos: “Vós sabeis em que tempo estamos, pois já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia: nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”. Jesus quer nos encontrar vivendo em estado de santidade.
Voltemos a história de Noé citada por Jesus. Em meio à humanidade corrompida, Deus encontrou Noé, um justo. Falou com ele, revelou-lhe seu plano de por fim a tanta maldade e de começar uma humanidade renovada a partir dele. Assim, Noé teve fé e construiu a arca que salvou sua família e os animais e, posteriormente, foram o germe da nova criação. Jesus também nos revelou o plano de Deus para nossas vidas. Como no tempo de Noé, fez aliança conosco, uma aliança eterna que nada pode romper se mantivermo-nos fiéis a Ele. Jesus nos fez justos e santos e nos colocou em sua arca, a Igreja, que navega sobre as turbulentas águas do mundo, conduzindo-nos rumo à Pátria definitiva. Nós somos esta humanidade renovada e são os santos que herdarão a nova terra e os novos céus que surgirão quando Jesus voltar e colocar um ponto final na História instaurando seu Reino de paz e de justiça, onde os povos “não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate”.
Nós, cristãos, não devemos temer o “fim do mundo”. Pelo contrário, será o retorno de Jesus Cristo, Aquele que amamos e que nos ama, Aquele que recebemos docemente na Eucaristia. É Ele que retornará e nos transformará e viveremos eternamente com Ele. Não sejamos como os homens e mulheres do tempo de Noé e que podemos reconhecer facilmente ainda nesta nossa época, que voltam as costas para Deus e não reconhecem seus sinais, preferindo viver numa vida de pecado. Aqueles foram submergidos pelas águas e, quando Cristo voltar, infelizmente encontrará parte da humanidade em pecado, não querendo saber de Deus. Mas nós não. A nós, Jesus alerta: “Estejam preparados!” Que hoje demos ouvidos ao chamado de Jesus e nos convertamos para vivermos na graça de Deus, fazendo sua vontade, e, assim, esperemos alegremente este encontro definitivo, face-a-face, com Jesus.
Vem, Senhor Jesus!
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