Há quem analise o peso dos evangélicos nas eleições somente sob a ótica do preconceito considerando-os simples vaquinhas de presépio, prontas para votar em quem o pastor indicar e as igrejas se teriam se tornado novos currais eleitorais. Pela própria essência das igrejas evangélicas as coisas são um pouco mais complexas. As igrejas funcionam bem quando pretendem eleger determinado candidato ao legislativo. Estes candidatos precisam de menor número de votos para se elegerem. Mas a indicação da igreja ou do pastor não é determinante. Basta ver a relação entre o número de fieis daquela igreja e dos votos obtidos pelo candidato. Além disso, votar em alguém cujo eleitor se sinta representado e comungue das mesmas ideias é parte natural do processo democrático.
Voltemos à essência das igrejas evangélicas: temos este ano um candidato a presidente genuinamente evangélico: Pastor Everaldo. O candidato tem, segundo as pesquisas eleitorais, entre 1 e 3% das intenções de votos numa população composta por 25% de evangélicos. É desproporcional? Não, se entendermos que não existe uma Igreja Evangélica. O que existe são milhares de denominações evangélicas, algumas com diferenças profundas, inclusive políticas. Ao contrário do que certos analistas pensam, não há uma unidade evangélica que possa eleger um candidato a cargos de governador ou presidente. Seria preciso uma aliança política gigantesca - e inimaginável - entre as igrejas para que se conseguisse eleger alguém somente pelo mando de pastores.
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