15 de mai. de 2009

“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus.” (Mt. 5, 8)

A pureza de coração consiste em fazer o bem às pessoas, ajudá-las, por amor, por solidariedade, sem segundas intenções. Jesus foi puro de coração porque não fez nada, nem um milagre em favor de alguém, pensando em recompensa. Nem mesmo coagia a pessoa a se converter. Curou o servo do centurião romano e o filho do oficial de Herodes, mas não procurou estas influências políticas para defendê-Lo diante de Pilatos.
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O outro sentido de pureza na Bíblia é sexual. A pureza aqui não é uma bobagem para virgenzinhas recatadas e solteirões recalcados como o mundo quer nos passar. Mas é toda a ordenação sexual do homem e da mulher, que deixam de ser escravos de seus sentidos como os animais. É a ordenação do relacionamento conjugal sem aquela idéia perversa de que entre quatro paredes vale tudo. É a castidade dos solteiros, para aqueles que aliviam a consciência com as desculpas do mundo: “pecado é matar e roubar. Eu não estou fazendo mal a ninguém”, enquanto se perdem em prazeres egoístas e até antinaturais.
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Os puros de coração verão Deus, porque Ele é puro e nada de impuro entrará diante da visão beatífica de Deus. Mas, desde já, se mantivermos a pureza de coração pela graça de Deus, podemos vê-Lo, não apenas “ver” no sentido de enxergar, mas como aqueles gregos que subiram a Jerusalém para adorar e pediram aos apóstolos para verem Jesus, ou seja, conhecê-Lo intimamente.


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