O duelo verbal e público entre os ministros do Supremo Tribunal de Justiça, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes mostrou que o Conselho de Jedis não somente passa com frequencia para o lado negro (ou vermelho) da Força aprovando leis imorais, legislando no lugar do congresso, dando aval ao governo Lula quando este é contestado. Eles também brigam. Mas o que me impressionou não foi a discussão, nem as acusações mútuas e muitas delas, graves, como a feita por Joaquim Barbosa sobre os capangas de Gilmar Mendes. Foi o respeito empregado. Cada frase era iniciada com o pronome de tratamento “Vossa Excelência” como devem ser tratados os ministros do Supremo. É assim mesmo. Isto que é educação.
O ministro Joaquim Barbosa ganhou destaque quando aceitou a denúncia sobre os envolvidos no caso do mensalão. Foi amplamente elogiado, parecia o salvador da pátria, o último reduto de honestidade no país. É como eu digo, não se pode elogiar. O ministro Joaquim já se achou o máximo. Resolveu bater boca com todos os seus colegas no STF, virou o dono da razão. O ápice ocorreu agora.
A discussão fez me lembrar um fato da minha adolescência. Meus colegas e eu jogávamos futebol na rua à noite. E toda noite, passava naquela rua, seu Dito, um senhor que vendia pipoca e raspadinha. E toda noite, meu vizinho da frente, Daniel, mesmo sabendo que ele não vendia sorvete, fazia a mesma pergunta: “Tem sorvete de trigo?”. Seu Dito não respondia nada e ele continuava: “E de linguiça?” toda vez se repetia a mesma história. Certo dia, seu Dito estava de saco cheio e quando Daniel perguntou se tinha sorvete de trigo ele respondeu: “Só tem sorvete de pinto!” E Daniel retrucou: “Pra enfiar no cu do senhor!” Tudo no maior respeito. Afinal seu Dito era mais velho e merecia ser tratado por “senhor”.
O ministro Joaquim Barbosa ganhou destaque quando aceitou a denúncia sobre os envolvidos no caso do mensalão. Foi amplamente elogiado, parecia o salvador da pátria, o último reduto de honestidade no país. É como eu digo, não se pode elogiar. O ministro Joaquim já se achou o máximo. Resolveu bater boca com todos os seus colegas no STF, virou o dono da razão. O ápice ocorreu agora.
A discussão fez me lembrar um fato da minha adolescência. Meus colegas e eu jogávamos futebol na rua à noite. E toda noite, passava naquela rua, seu Dito, um senhor que vendia pipoca e raspadinha. E toda noite, meu vizinho da frente, Daniel, mesmo sabendo que ele não vendia sorvete, fazia a mesma pergunta: “Tem sorvete de trigo?”. Seu Dito não respondia nada e ele continuava: “E de linguiça?” toda vez se repetia a mesma história. Certo dia, seu Dito estava de saco cheio e quando Daniel perguntou se tinha sorvete de trigo ele respondeu: “Só tem sorvete de pinto!” E Daniel retrucou: “Pra enfiar no cu do senhor!” Tudo no maior respeito. Afinal seu Dito era mais velho e merecia ser tratado por “senhor”.
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