"Quem exagera o argumento prejudica a causa". Foi esta famosa frase do filósofo alemão Friedrich Hegel que me veio à mente hoje ao saber que DE NOVO, NOVAMENTE e MAIS UMA VEZ o grupelho Pula Catraca iria fazer uma manifestação contra o reajuste da tarifa de ônibus em frente ao Terminal Central de Piracicaba.
O problema é que a causa já não é a redução da tarifa (o que já aconteceu) se é que já foi um dia. A intenção do Pula Catraca é político-partidária. Quando o grupelho não tinha nenhuma expressividade, peguei um panfleto durante uma manifestação em frente à Câmara de Vereadores. A linguagem era de quem tem a cabeça no século XIX, quando muito em meados do vinte. O mesmo blá-blá-blá marxista, propondo estatização de tudo e de todos. Sobre a tarifa de ônibus pouco se dizia. O que importava era atacar o prefeito e o seu partido, o PSDB. De lá para cá, recusou-se a discutir com o prefeito. Preferiu o confronto ao diálogo.
A manifestação em Piracicaba com 12 mil pessoas em pleno calor dos protestos em nível nacional encheram-lhe os olhos. O fato é que a tarifa foi reduzida, a manifestação se esfriou e hoje o grupelho voltou a sê-lo: não consegue reunir duas centenas de pessoas. E não consegue por alguns motivos: primeiro, a população não é contrária ao prefeito que foi eleito com votação expressiva a menos de um ano e não deseja e nem tem motivos para pedir sua saída, como quer o Pula Catraca; segundo, que 12 mil pessoas foram às ruas piracicabanas influenciadas pela onda de manifestos. Só faltou as camisetas: "Protestos 2013. Eu fui!". A modinha já passou.
O Pula Catraca, sem mandato para isto, quer falar em nome do povo piracicabano. Isto não lhes dá o direito de atrapalhar que trabalhadores voltem para suas casas depois de um dia duro de trabalho (coisa que devem desconhecer). Não lhes dá o direito de incitar a violência ou querer chantagear o prefeito e a população com frases dizendo que vai "tocar o terror" se suas reivindicações não forem atendidas ou declarações antidemocráticas que pretendem derrubar o prefeito legitimamente eleito. O Pula Catraca não representa ninguém: nem estudantes, nem trabalhadores, muito menos a população piracicabana. Descontente com o acordo entre o prefeito e os estudantes universitários de Piracicaba que reduziu o aumento das tarifas de ônibus, o Pula Catraca exige a revogação total do aumento, porém não apresenta um estudo alternativo demonstrando como seria viável a redução sem impactar as finanças do municípios (a redução da tarifa já deixou um rombo de 4,3 milhões de reais nos cofres do município) o que seria um argumento mais contundente do que fazer bagunça. A verdade é que agora o grupelho só tem um objetivo: desestabilizar o governo enchendo o saco do prefeito Gabriel Ferrato.
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