Qual o valor de uma alma? Em meio ao materialismo e tecnicismo, uma parcela da sociedade só conseguiu enxergar a Jornada Mundial da Juventude através dos gastos. Falou-se do emprego de verbas públicas (nem sempre com verdade) e dos desperdícios e prejuízos com a transferência dos eventos de Guaratiba para Copacabana.
Dom Fernando Rifan contou-nos um testemunho ocorrido na pré-jornada: numa das noites, um grupo saiu da igreja de Santana, no centro do Rio, em procissão até a Catedral onde ocorreria uma vigília. Passando pela Lapa, uma prostituta aproximou-se e perguntou o que era aquilo. Uma das moças lhe disse: "venha com a gente". E ela foi. Entrou com a procissão na Catedral e participou da vigília. Terminando, a prostituta aproximou-se chorando e disse aos organizadores que ia mudar de vida.
Somente por este único caso, a conversão desta moça, todo o gasto com a JMJ, todos os prejuízos, todos os percalços são infinitamente desprezíveis diante da salvação de uma alma. Só por esta conversão, toda a JMJ já terá valido a pena. A sociedade materialista não consegue ver além da obtenção do lucro. Não se consegue ver a alegria no céu por um único pecador que se converte; não consegue estimar o valor de uma alma. Mas nós sabemos quanto vale. Vale a morte na cruz de um Deus feito homem. Vale todo o sofrimento até a última gota de sangue derramado por aquela prostituta da Lapa.
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