Às vésperas da chegada do Papa ao Brasil, refletimos sobre as palavras de Jesus dirigidas ao primeiro Papa, São Pedro: “E as portas do inferno não prevalecerão sobre ela [a Igreja]”. A promessa de Jesus é verificável na História. De fato, a Igreja é invencível. Nenhuma instituição puramente humana sobreviveria a 2000 anos, atravessaria todos os períodos em que classicamente dividimos a História, venceria o Império Romano perseguidor, resistiria à invasão dos bárbaros que colocou a Europa de cabeça para baixo, às heresias e cismas que dilaceraram o Corpo Místico de Cristo, às pressões dos governos, às revoluções liberais e comunistas que banharam o mundo com sangue católico e, por fim, aos pecados, traições, escândalos e contra-testemunho dos seus filhos.
“Dentro de setenta anos não haverá mais Igreja”, quem disse esta frase está morto há 235 anos: Voltaire.
“Morreu o último papa”, escreveu o carcereiro no relatório oficial enviado a Napoleão por ocasião da morte de Pio VI, mantido preso pelas tropas francesas na fortaleza de Valence. Era o ano de 1799. Os revolucionários afirmavam que era o fim do Papado e consequentemente da Igreja. De Pio VI a Francisco já tivemos dezesseis Papas.
“Quantas divisões militares tem o Papa?”, perguntou Stálin debochando da condenação ao comunismo proferida por Pio XI. Perguntamos: onde está a União Soviética?
A Rocha sobre a qual a Igreja está edificada não é abalada, muito menos derrotada. Pelo Sólio Pontifício já passaram homens de todas as espécies: pescadores, mártires, sábios e ignorantes, ex-escravos, pastores de rebanhos, filhos de empregada doméstica, órfãos abandonados, nobres, príncipes, cientistas, filósofos, médicos, adolescentes, corruptos, políticos, assassinos, devassos e, sobretudo, santos, aliás, muitos santos. Porém, todos foram legitimamente Papas. Todos foram escolhidos pelo Espírito Santo, independentemente se o conclave foi limpo ou repleto de pressões externas ou de compra de votos como já ocorreu na História. Todos serviram a Igreja, ou melhor, foram servidos por Deus como instrumentos, muitas vezes indignos, para governar Sua Igreja. A água limpa da graça não se contamina mesmo percorrendo canos enferrujados. Todos tiveram suma importância no tempo em que governaram a Igreja, demonstrando que, em última instância, é sempre o Sumo e Eterno Pontífice, Jesus Cristo quem governa a Igreja através das vicissitudes da História.
Estudando a história da Igreja, encontra-se uma das provas de que realmente foi instituída por Cristo e é acompanhada pelo Espírito Santo. É em sua história que reconhecemos que é Santa, pois se não a fosse, os pecados de seus filhos a teriam destruído. Porém, fixamo-nos neste ponto de unidade da Igreja, em sua Cabeça visível, no Vigário de Cristo, o Papa, aquele que foi incumbido de pastorear as ovelhas do Sumo Pastor e confirmar os irmãos na fé. De São Pedro a Francisco vemos a perenidade da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, atacada de todos os lados, mas jamais vencida.
Viva o Papa Francisco!