O feminismo deve ter sido
inventado por um homem. Não houve jamais um movimento de mulheres que tenha
beneficiado tanto a nós indivíduos do sexo masculino. Primeiramente, a
emancipação financeira da mulher foi-nos uma benção. Mulheres em casa davam
gastos exorbitantes. Ficavam na segurança do lar, cuidando da casa e dos filhos,
longe do estresse, da competição voraz e das doenças cardíacas, enquanto nós
enfrentávamos o mundo lá fora cheio de perigos. A mulher trabalhando fora de
casa nos aliviou imensamente. Sobra até um dinheirinho para a cerveja, o
churrasco com os amigos, o futebol do fim-de-semana.
Direitos iguais nos
possibilitaram pequenos prazeres como continuarmos sentados no ônibus sem
qualquer constrangimento enquanto senhoritas viajam em pé. Donas do próprio
corpo, vemos mulher pelada até quando não queremos. E a liberação sexual então
nem se fala! Para os homens, sexo era só casando ou pagando. As coisas ficaram
imensamente mais fáceis, baratas e irresponsáveis. Não precisamos mais nos
prender numa só mulher, elas se libertaram pelo divórcio. E não precisamos mais
ter filhos enchendo o saco todos os dias depois do trabalho. Só precisamos
encontrá-los aos finais de semana.
E aquele castigo divino chamado gravidez que
deixam as mulheres temporariamente incapacitadas e nada as diferem tanto dos
homens, sendo a maior afronta à igualdade de gêneros? Para isso, o movimento
feminista já tem o remédio: quando todos os outros métodos falham resta o
aborto. Mas nesse caso as feministas pisaram na bola conosco, homens. Em todo o
planeta, dois terços dos fetos abortados são do sexo feminino, fazendo a
balança populacional pender para os homens. No mundo, há mais homens do que
mulheres! Assim não dá!
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