A Boa Notícia de Jesus Cristo
Marcos 6, 1-6
“Mas Jesus disse-lhes: um profeta
só é desprezado na sua pátria. Entre seus parentes e na sua própria casa.” (Mc.
6, 4)
A História Sagrada demonstra o
quanto o povo de Deus tendia ao pecado e se recusava a ouvir os profetas
enviados por Deus. Desde o Antigo Testamento vemos a tentativa em converter o
povo, chamado muitas vezes de “um povo de cabeça dura”. Jesus é mais do que um
profeta, é o Filho de Deus que veio anunciar a Boa Nova do Reino, primeiramente
ao povo escolhido, o Seu povo, os judeus. Mas, desde o princípio de Sua vida
pública, Jesus foi rejeitado pela maioria. Não quiseram reconhecer Nele o
Messias tão esperado para resgatá-los do pecado e da morte.
Jesus não inicia Seu ministério
em Nazaré, cidade na qual vivia. Após Seu batismo, na Judeia, Jesus vai morar
em Cafarnaum, onde começa a reunir Seus primeiros discípulos. Algum tempo
depois, Jesus sobe a Nazaré, talvez para visitar Sua mãe, e em um dia de
sábado, entra na sinagoga e começa a ensinar. Anuncia o Reino de Deus para seus
concidadãos. A população de Nazaré reunida na sinagoga fica impressionada com
Suas palavras e Sua sabedoria, pois conhecem aquele homem desde quando nasceu. Seus
pais, São José e Santa Maria, são conhecidos de todos. Até os trinta anos,
Jesus trabalhou na carpintaria que herdou daquele que pensavam ser seu pai. Não
conseguem ir além. Não podem ver em Jesus mais do que o filho de Maria, o
carpinteiro de Nazaré. Não crêem que Ele é o enviado do Pai.
A rejeição dos nazarenos será
apenas uma amostra da rejeição da maioria do povo judeu que culminará na
crucificação de Jesus. “Veio para os seus, mas os seus o rejeitaram”, diz São
João em seu evangelho. Mas a rejeição a Jesus se estenderá, infelizmente, por
toda a história e não será obra apenas do povo judeu, mas também daqueles que
ouvirão as palavras de Jesus e não acreditarão. A Igreja, o Cristo prolongado
na História, será alvo de chacotas e humilhações. Não acreditarão no que ela
prega e farão de um tudo para desacreditá-la. Muitos dos seus filhos, a exemplo
de Sua cabeça, Jesus Cristo, serão mortos porque não suportarão ouvir a Palavra
de Deus. Não nos admiremos se a Igreja é rejeitada, se a pregação do evangelho
não surte efeito. Haverá aqueles que nos rejeitarão e não nos darão ouvidos e
estas pessoas, muitas vezes, serão aquelas que amamos e até mesmo familiares
nossos. Saibamos que, nós, servos, não somos maiores do que nosso Senhor, mas,
confiantes em Deus, não deixemos de anunciar o Seu Reino, o Seu amor por todos
nós.
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