O total desrespeito e opressão às mulheres é uma das lendas sobre a Idade Média. Nada mais falso. Além de a mulher ter tido uma liberdade verdadeira, comparada somente com nossa época, foi na Idade Média que o modo de os homens tratarem às mulheres ganhou mais delicadeza. Basta dizer que é dessa época que surgiu o termo cavalheiro, cujas regras englobam o trato com as mulheres.
Mas, vemos artigos e livros, pretensamente históricos, principalmente escritos por historiadoras feministas (aliás, mais feministas que historiadoras), como Maria do Amparo Tavares Maleval, por exemplo, cheios de jargões feministas, que pinçam entre os escritos medievais, textos (fora de contexto muitas vezes) para provar uma misoginia medieval, uma perseguição às mulheres. E, como não pode faltar, tudo patrocinado pela Igreja, é óbvio. É na Idade Média que surge o amor cortês, cujo centro é a mulher. Vejamos uma dessas canções do século XII:
Nem por trabalho nem por pena
Nem por dor que tenha
Nem por ira dolorosa
Nem por mal que sofra
Jamais abandonarei
Mas, vemos artigos e livros, pretensamente históricos, principalmente escritos por historiadoras feministas (aliás, mais feministas que historiadoras), como Maria do Amparo Tavares Maleval, por exemplo, cheios de jargões feministas, que pinçam entre os escritos medievais, textos (fora de contexto muitas vezes) para provar uma misoginia medieval, uma perseguição às mulheres. E, como não pode faltar, tudo patrocinado pela Igreja, é óbvio. É na Idade Média que surge o amor cortês, cujo centro é a mulher. Vejamos uma dessas canções do século XII:
Nem por trabalho nem por pena
Nem por dor que tenha
Nem por ira dolorosa
Nem por mal que sofra
Jamais abandonarei
A minha dama um só dia.
Senhora, de todas a única
Bela e boa, justamente louvada.
Belo prazer, a quem não ouso dar nome.
Senhora, de quem não ouso dizer o nome,
Na qual todas as virtudes se confundem
De cortesia tendes fama
E de valor admirada.
Obra de Deus, digna, louvada
Mais do que qualquer pessoa
De todos os bens e virtudes dotada
Quer de espírito como de caráter.
(PERNOUD, Régine. Luz sobre a Idade Média. Publicações Europa-América. Lisboa, 1997, p. 117)
Agora, vejamos uma canção dedicada às mulheres no século XX/XXI:
Olha a cachorra!!
Deixa a cachorra passar (Ela quer rebolar!)
Deixa a cachorra passar (Chama ela pra cá!)
Deixa a cachorra passar (Ela quer provocar!)
Mexe o bumbum, mexe o bumbum mexe e vem pra cá
Ela anda rebolando
Ela só quer te provocar
Não é tchutchuca e nem gatinha, é uma cachorra
Em todo o canto da cidade ela tá sempre por aí
É só olhar na cara dela ela só falta latir
É meia-noite é meio-dia ela nunca quer saber
Mexe o bumbum a toda a hora e me faz enlouquecer
Eu to mordido eu to bolado mesmo sendo o Tigrão
Vem latir no meu colinho que eu já vou te dar pressão
...
Deixa a cachorra passar (Ela quer rebolar!)
Deixa a cachorra passar (Chama ela pra cá!)
Deixa a cachorra passar (Ela quer provocar!)
Mexe o bumbum, mexe o bumbum, e vem pra cá!
Academia, malhação, ta posando um avião
Marquinha de biquini que dispara o coração
Não adinta disfarçar, todo mundo quer pegar
Senta aí,fica ligado que o tigrão vai te ensinar
Vou prender numa coleira, dar pressão a noite inteira
A cachorra quer brincar, vou chamar ela pra cá
Tá com o rabo balançando, tá querendo provocar
Pra lá, pra cá
Deixa a cachorra passar (ela quer rebolar)
Deixa a cachorra passar (chama ela pra cá)
Deixa a cachorra passar (ela quer provocar)
Então maxe o bumbum, mexe o bumbum, e vem pra cá
(Bonde do Tigrão)
Esta é só uma das várias músicas que denigrem a mulher. E não apenas no funk carioca. Há músicas sertanejas, pagodes, músicas de axé, ou seja, dos mais variados estilos e ritmos, que coisificam a mulher. E não é um fenômeno somente brasileiro. Assim é tratada a mulher no Ocidente. Se os historiadores forem “seletivos” na coleta de material para as pesquisas sobre nossa época, qual será a conclusão sobre a condição das mulheres e o tratamento dado a elas?