28 de ago. de 2011

Tome sua cruz e Me siga

A Boa Notícia de Jesus Cristo

Mateus 16, 21-27 

“Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mt 16, 26)

São Pedro acabara de confessar que Jesus era o Cristo. Logo após, ao ouvir o anúncio de Sua Paixão, o primeiro dos apóstolos, ainda contaminado pela idéia do Messias político, imediatamente repreende-o. Como é difícil compreender a loucura de amor que Deus demonstrou por nós ao Se encarnar e morrer da morte mais infame na cruz. Somente com o Espírito Santo podemos compreender que a cruz é a nossa vitória e quantos inimigos da cruz existem nesse mundo. Até mesmo igrejas que se dizem cristãs rejeitam veementemente a cruz de Cristo ou quando a utilizam, apresentam-na vazia argumentando que o Senhor não permaneceu nela, mas ressuscitou. De fato, mas a cruz vazia também não representa nada. Todas as cruzes ficavam vazias assim que o condenado morria e era retirado. Cristãos, não se envergonhem da cruz de Cristo! E, além dos tabus com imagens, certas igrejas também não adotaram a ideologia do mundo: sem encontrar razão para o sofrimento, sem mortificações, sem sacrifícios, prometendo uma vida saudável, feliz e próspera, quanto o Senhor Jesus jamais prometeu tal vida a seus seguidores? 

Hoje em dia, a palavra de ordem é aproveitar a vida com todo o prazer que ela possa nos proporcionar. Assim como Pedro se dirigiu a Jesus tentando convencê-Lo a não Se sacrificar, o diabo, através das ideologias do individualismo, materialismo, da busca pelo prazer, nos diz que a vida é curta e devemos aproveitá-la. Nada mais de mortificações dos sentidos e do corpo – e, infelizmente, muitas correntes cristãs embarcaram nessa – faça o que tiver vontade. Parece um bom conselho. O ídolo principal hoje se chama felicidade. Em busca dessa falsa felicidade inventada no Iluminismo retiram-se tudo que pareça obstáculo pra alcançá-la. Filho indesejado? Aborto. Doenças terminais e incuráveis? Eutanásia. Quer fazer sexo? Faça com quem, como e na hora que quiser. Gaste todo seu esforço e tempo para alcançar dinheiro. Tenha uma vida confortável. Do que adianta viver uma vida confortável, acovardada e "feliz" se, ao morrermos, formos condenados ao eterno sofrimento, no inferno. 

A verdadeira felicidade consiste em fazer a vontade de Deus. Não há salvação sem cruz. Não há ressurreição sem cruz, esta é a verdade do Evangelho e quem quiser seguir a Jesus Cristo terá que carregar a sua cruz. é uma condição, não há outra. Mas a cruz que o Senhor nos dá é um fardo leve, é o jugo de Cristo que devemos tomar sobre os ombros. E no que consiste esta cruz? Nos sacrifícios diários das nossas vontades egoístas, da fuga do pecado, dos prazeres ilegítimos (e dos legítimos também para aperfeiçoar nossa vontade) e, sobretudo, o amor a todos, suportando aqueles que nos maltratam, os inconvenientes e toda sorte de contratempos em nossas vidas. Realmente a vida é curta e única e define nossa eternidade no céu ou no inferno. A decisão é nossa.


24 de ago. de 2011

Se isto é estar na pior...




Nesse verão, muitos jovens decidiram fazer algo diferente. Decidiram ficar em sua Casa, a Igreja e se reuniram na Europa, na Espanha. Dividiram suas vidas, seus anseios e esperanças entre si e com o Papa. Enfrentaram o calor e a chuva e mergulharam no amor de Deus.


Quase dois milhões de jovens (de todas as idades) se encontraram com o Papa Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude 2011, em Madrid, entre 16 e 21 de agosto. A JMJ 2011 em um país cujo governo socialista de Zapatero (que reflete, em modo geral, a governança da Europa) facilitou o aborto para adolescentes, aprovou o casamento entre homossexuais, está a um passo da eutanásia, afundou a economia espanhola e a agenda laicista impõe dificuldades para a Igreja na Espanha, foi um espetacular sucesso que poucos veículos da mídia e analistas de plantão poderiam apostar. Mais uma vez, contra todas as espectativas, assim como na visita aos EUA e ao Reino Unido, o Papa Bento XVI saiu vitorioso e com ele, a Igreja.


E tem gente dizendo que a Igreja está na pior. Se isto é estar na pior... PORRA, o que quer dizer tá bem, né?



21 de ago. de 2011

Assunção da Santíssima Virgem Maria

A Boa Notícia de Jesus Cristo
Lucas 1, 39-56
“Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações porque realizou em mim maravilhas aquele que é Poderoso e cujo nome é Santo.” (Lc. 1, 48-49)
Hoje celebramos a assunção da Santíssima Virgem Maria. Aquela que foi escolhida por Deus desde todos os tempos para ser a mãe do Cristo Salvador, Deus feito homem, após sua vida terrena, foi levada ao céu, por Seu Filho, em corpo e alma. A Imaculada não podia ficar entregue à corrupção. Seu Filho, cumpridor de toda a Lei, honrou Sua mãe até o fim, entronizando-a no Reino de Deus, coroando-a como Rainha. Se um dos primeiros atos de Salomão foi colocar a sua direita, um trono para sua mãe e sendo ela uma adúltera foi coroada rainha do Povo de Deus, quanto mais a incomparável Virgem Maria, cujo trono, “Aquele que é maior que Salomão”, não é infinitamente mais digna de tal honra. Ela é a imagem da Igreja gloriosa. Todas as promessas de Deus se cumpriram primeiramente em Maria. É a ela que devemos imitar. 

A humildade de Maria derrota a soberba de Eva. Eva rejeita a Deus; Maria se submete inteiramente ao Senhor. A imaculada virgem Eva oferece ao homem o fruto do pecado, a imaculada virgem Maria oferece á humanidade o fruto da salvação. Todos os atributos de Maria se relacionam diretamente a Jesus Cristo e Sua missão salvífica. Tudo em Maria foi realizado por Deus Todo-Poderoso, portanto quando bendizemos Nossa Senhora, bendizemos a Deus porque o elogio não pára na obra, mas se refere ao Artista. Maria é a obra-prima de Deus, e, sendo glorificada em corpo e alma, representa e inaugura o que será a Igreja quando Cristo voltar. Em Maria, antecipa-se a vitória da Igreja. Por isso, Nossa Senhora é sinal de esperança para todos os cristãos.


7 de ago. de 2011

Jesus anda sobre as águas

A Boa Notícia de Jesus Cristo:

Mateus 14, 22-33

“Mas Jesus logo lhes disse: ‘Tranqüilizai-vos, sou eu, não tenhais medo! ’” (Mt 14, 27)

Andando sobre as águas, Jesus mostra que é verdadeiro Deus demonstrando que as leis da natureza não O dominam. Jesus está em oração no alto do monte. Está na presença do Pai, está junto do Pai e vê a aflição de seus amigos. Desse modo, vai socorrer os apóstolos que corriam o risco de naufragar, pois o vento era-lhes contrário e as ondas lançavam a pequena barca de um lado para outro. Ao avistarem o vulto do Senhor em meio à tempestade, o medo toma conta deles, porque pensam ser um fantasma. Não crêem ser possível um homem andar sobre a água! Eles só se tranqüilizam ao ouvirem Sua voz. Mesmo assim, Pedro quer comprovar se é realmente Jesus e, diante do desafio de ir ao seu encontro, sai da barca e caminha em sua direção.

A coragem e a fé de Pedro são admiráveis até o momento que se apavora ao perceber a situação em que se encontra: sobre a água revolta, sem apoio para os pés, em meio à ventania. É uma situação insólita. Pedro esquece-se de Jesus e o medo toma conta de seu coração. Perde a confiança e diante da realidade evidente, afunda. Na noite em que Jesus foi preso, Pedro fraquejará na fé novamente. Horas antes disse que morreria com Cristo e naquela mesma noite negará o Senhor por três vezes. No mar da Galileia, Jesus tomou Pedro pela mão e o reconduziu à barca; com o olhar misericordioso de Jesus ao sair da casa de Caifás e a tríplice profissão de amor (Jo. 21, 15-19) de Pedro, o Senhor o reconduzirá ao timão da barca, ao pastoreio universal de Seu rebanho, à cabeça da Igreja.

No mundo de hoje, não são poucas as pessoas que vivem no medo, na insegurança. O elevado número de pessoas com depressão, chamada de o mal do século, comprovam isto. Os motivos para isto são muitos e, olhando a nossa volta, não conseguimos ver nenhuma solução. Há também pessoas que vivem uma vida materialmente confortável, mas não põem sua confiança em Deus. Estas pessoas vêem Jesus como um fantasma, um vulto histórico que nada pode fazer para ajudá-los ou que nem mesmo necessitam de Sua ajuda.

Porém, o Senhor Jesus está sobre o monte, está junto do Pai, à Sua direita e nos vê do alto dos céus e vem em nosso auxílio. Em meio às trevas, às dificuldades do mundo, invoquemos o Senhor para que nos socorra e não deixe-nos afundar. Mantenhamos os olhos fixos em Jesus e, mesmo que em algum momento de nossas vidas, desviando o olhar Dele, acabamos afundando – no pecado, no desespero – roguemos como Pedro: “Senhor, me salva!” e Cristo estendendo a Sua mão nos socorrerá.