19 de jun. de 2011

Solenidade da Santíssima Trindade

A Boa Notícia de Jesus Cristo


"Com efeito, de tal forma Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo. 3, 16)


Ninguém pode duvidar do amor de Deus para conosco. Ainda quando éramos pecadores, Deus nos deu o Seu Filho gerado desde toda a eternidade para que possamos ser salvos por Sua morte e ressurreição. Deus nos amou primeiro e, para que sejamos salvos de nossos pecados, exige que aceitemos este convite ao amor, crendo em Jesus Cristo, Seu Filho, como nosso Senhor e Salvador. Jesus nos diz que aqueles que não creem Nele, não podem se salvar. Não é uma falha em Sua misericórdia. Deus respeita a liberdade humana e nada pode diante daqueles que livremente rejeitam a salvação. Infelizmente a cada dia vemos aumentar a rejeição a Cristo e à Sua Igreja numa crescente cristianofobia que, inclusive, já ceifou vidas de cristãos em pleno século XXI. A humanidade mergulha a cada dia nas trevas e a chama de luz.


A fé cristã tem como fundamento o mistério da Santíssima Trindade, Um só Deus em três Pessoas que não dividem entre si a divindade, mas cada uma delas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – é Deus por inteiro. É Deus a primeira comunidade, a família original que vive desde toda a eternidade no amor. E, mesmo não precisando de nosso amor, mas nos amando gratuitamente, quis que participássemos deste amor, criando-nos. E, mesmo quando voltamos às costas para Seu amor, o Pai envia Seu Filho amado, que Se encarna no seio da Virgem Maria e não poupa nem a Si mesmo para nos resgatar e nos dar Seu Espírito Santo para que continue conosco eternamente. Apesar de todo o nosso pecado, a Trindade Santa não nos abandona e, por Jesus Cristo, nós, míseras criaturas, nos unimos a Ela. E não somente após nossa morte, mas desde já, pela fé e pelo batismo, nos tornamos morada do Deus Uno e Trino.

17 de jun. de 2011

Luan Santana e a propaganda gay

É mais do que evidente que vivemos uma enxurrada de propaganda ideológica "gayzista". Há personagens gays a dar com pau – desculpem o trocadilho – nas novelas da Globo e do SBT. O tema está em alta. Será que, sem saber, Luan Santana é parte desta propaganda? A música "Amar não é pecado" já é sucesso e sua letra é, no mínimo, estranha. O teor da letra não se refere à mulher, aliás, não é possível definir a qual gênero é dirigido.


Desconheço a intenção dos compositores (segundo sites de letras de música: Fred, Gustavo, Marco Aurélio, Márcia Araújo). O mais óbvio é que, ao não se referir a homens ou à mulheres, a música romântica possa ser gravada por um cantor ou uma cantora, já que possivelmente a composição não era exclusiva para o Luan Santana. Vamos à letra:


Eu não sei, de onde vem, essa força que me leva pra você
Eu só sei que faz bem, mas confesso que no fundo eu duvidei
Tive medo, e em segredo, guardei o sentimento e me sufoquei
Mas agora, é a hora, eu vou gritar pra todo mundo de uma vez


Eu tô apaixonado
Eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer
Amar não é pecado
E se eu tiver errado que se dane o mundo, eu só quero você


A letra basicamente é isso. O resto da música é só repeteco. Convenhamos, a letra remete-nos ao homossexualismo. Vejamos: a primeira parte fala do amor como uma força estranha, anormal e incompreensível que o leva a duvidar do que está sentindo. Por quê? Nada mais natural do que o amor entre um homem e uma mulher.


Aí, por causa deste sentimento novo que o assusta mantém segredo, esconde o que sente. Estaria o eu-lírico (não o Luan, entendam, por favor) no "armário" até, não aguentando mais, resolve se revelar? São somente perguntas. No refrão, a biba não se preocupa com mais nada. É aqui, no refrão, que os velhos chavões gays aparecem: não liga para o pessoal preconceituoso e quer viver a vida como bem entende pouco importando se está errado – e está –, o que importa é a satisfação própria. Soa-nos familiar e “moderno”.


A parte do refrão que dá título à canção é, diríamos, o slogan gay: Amar não é pecado. Ou seja, o amor entre pessoas do mesmo sexo é igual ao amor entre pessoas de sexos distintos. Não, não são iguais, pois no amor (pode-se dizer, conjugal) está incluso a complementaridade e a abertura à geração da vida. Dois aspectos impossíveis entre pares homossexuais. Fica a reflexão sobre a música. Será que o coitado do Luan Santana está sendo canal da famigerada propaganda gay?


11 de jun. de 2011

Solenidade de Pentecostes

A Boa Notícia de Jesus Cristo:
O Espírito Santo é o dom de Deus, conquistado pela morte e ressurreição de Cristo. Jesus nos enviou da parte do Pai o Espírito para nos santificar, para realizar em nós a redenção. Pelo Espírito nos tornamos filhos de Deus e nos unimos aos irmãos, num mesmo corpo, a Igreja, onde Cristo é a cabeça.

Já no domingo da ressurreição, Jesus Cristo, aparecendo aos apóstolos dá a eles o Espírito Santo soprando sobre eles. Este sopro alude ao sopro de Deus na criação de Adão, dando-lhe a vida. Jesus restitui nossa vida da alma na graça de Deus, derramando sobre nós o Seu Espírito. O Espírito Santo vem em Pentecostes e assim nasce a Igreja. Se em Babel, a humanidade orgulhosa que tentava chegar ao céu por forças próprias é dividida pelas diferentes línguas, na Igreja, nesta construção divina, pessoas de todas as raças, nações, povos e línguas serão reunidas numa só família.

É na força do Espírito Santo, nosso Defensor, que a Igreja prega o evangelho da salvação a toda a humanidade e, pelo poder do mesmo Espírito que foi dado aos apóstolos em Pentecostes e permanece na Igreja eternamente, aplica a remissão dos pecados conquistada por Cristo a todos que, pela fé e pelo batismo, ingressam Nela. Abramos nosso coração para que o Espírito Santo que recebemos no batismo realize sua obra, nos dê força, Seus dons e carismas para seguirmos a Cristo, dando a nossa vida por Ele.


5 de jun. de 2011

Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo

A Boa Notícia de Jesus Cristo
Mateus 28, 16-20
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28, 20b)
Comemoramos a Ascensão do Senhor. Após cumprir Sua missão salvífica, Jesus Cristo volta a Sua glória junto ao Pai de onde tinha saído e está sentado à direita de Deus. Deus veio ao socorro da humanidade Se encarnando. O pastor veio resgatar a ovelha perdida e agora tomando-a nos ombros a carrega consigo. Pela Sua humanidade, Jesus Cristo abre-nos o céu fechado por Adão. E da direita de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo voltará com seus anjos para julgar a todos e por fim à história.
Ele voltará glorioso, não Se reencarnará e nascerá novamente. Para continuar Sua missão, Jesus deixa Sua Igreja, que, na força do Espírito Santo, prega o Evangelho a toda a terra e ministra os sacramentos da salvação instituídos por Ele. E, através de Seu Espírito, Jesus, cabeça da Igreja, a acompanha por toda a História, não permitindo que se desvie da sã doutrina.
No poder do Espírito Santo, Sua missão é anunciar o Evangelho e livrar do pecado, pelo batismo, a todos os homens que crerem. A Igreja torna-se o Cristo prolongado na História. Além de estar presente por Seu Espírito, Cristo se faz presente na Igreja, todos os dias, ou melhor, todo o momento, na Eucaristia, em cada celebração do Santo Sacrifício e em cada sacrário de nossas igrejas. Não tenhamos medo. Cristo vive e está conosco até o fim dos tempos quando Ele voltar em toda a Sua glória.



1 de jun. de 2011

A vitória do Nazismo

O Estado trava uma eterna batalha com o indivíduo. Nos regimes totalitários do período entreguerras, as ideologias do Estado foram impostas pela força, pela coação ou convencimento aos seus cidadãos, como aconteceu na Alemanha nazista, na Itália, fascista e na URSS comunista. Os regimes totalitários do século XX causaram tragédias inimagináveis e que chocaram a humanidade. As teorias nazistas e suas práticas nos campos de concentração levaram o mundo todo, após a Segunda Guerra Mundial, a unir forças para que estas não se repetissem. Criou-se a ONU, foi promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tribunais e forças militares internacionais foram organizados para combater e punir crimes contra a humanidade. Porém, a liberdade individual corre risco mesmo em Estados democráticos. Após a derrota do nazifascismo e a queda do império soviético, a democracia pareceu sair vitoriosa. Sem dúvida, a democracia é a melhor forma de governo, mas podemos cair na tentação da democracia absolutista, onde a maioria sempre tem razão, pode decidir sobre tudo sem ser pautada por parâmetros morais ou éticos, ao contrário, pode até mesmo elaborá-los de acordo com suas conveniências. Além dessa ditadura da maioria, a democracia pode ser degenerada pelas minorias bem organizadas, usando de subterfúgios do Estado democrático de direito, de pretensos direitos humanos e da ideologia da vitimização e do politicamente correto conseguindo impor suas vontades.


Ao que tudo indica, os atos imorais dos regimes totalitários reaparecem pouco a pouco no século XXI. É claro que possuem nova roupagem – a do politicamente correto – para convencer os incautos, mas a sua essência desumana continua intacta. As teorias da eugenia não nasceram com o Partido Nacional-Socialista Alemão e não morreram com ele. Com o surgimento do darwinismo social acreditou-se que havia seres humanos melhor adaptados ao meio e aqueles que deveriam desaparecer. Não havia lugar para os indivíduos mais fracos cuja natureza se incumbiria de eliminar. Todavia, por que esperar a seleção natural agir se é possível colaborar com ela? Assim, com embasamento científico, a sanha evolucionista do nazismo pretendeu eliminar os deficientes físicos e mentais, as raças inferiores e degenerados de todos os tipos. Vivemos algo semelhante. São cada vez mais comuns, nos países ocidentais, as legislações que promovem o aborto de embriões e fetos com deficiências físicas e degenerativas. Portadores de Síndrome de Down estão desaparecendo na Europa e nos Estados Unidos, cujas leis pró-aborto facilitam que sejam eliminados antes de nascer. Nas fertilizações in vitro os embriões saudáveis são escolhidos e os demais descartados. Já é possível escolher a cor dos olhos, a estatura e o sexo dos indivíduos. Desse modo, volta-se às práticas nazistas na produção do homem perfeito, do super-homem, agora menos chocantes já que são realizadas no microcosmo uterino ou nos laboratórios.


Mas as práticas eugênicas também apresentam-se de maneira mais visível nos casos de eutanásia. A saúde, o vigor físico e a juventude são vistos como bens absolutos e o ápice da felicidade em nossa sociedade hedonista e materialista. Não há lugar para os deficientes, os portadores de doenças incuráveis e os idosos. Não atendem ao tecnicismo que classifica as pessoas entre úteis e inúteis para a sociedade. Nada mais consomem ou produzem. São pesos mortos nas costas de todo o restante da população. Sendo assim, países europeus, como Suíça, Bélgica e Holanda possuem leis que legalizam a prática da eutanásia. Casos pontuais são autorizados pela justiça em diversos países. Os nazistas invadiam hospitais e fuzilavam sumariamente os pacientes. As técnicas politicamente corretas são mais sutis. Levam as próprias pessoas incapacitadas a desejarem a morte.


Em busca desse conceito de felicidade e, consciente ou inconscientemente, do medo de cair à margem da sociedade e poder ser eliminado, o homem moderno preocupa-se exageradamente com o corpo. Há um verdadeiro culto ao corpo. Os regimes totalitários, especialmente de cunho racial como o nazismo, sempre tiveram por modelo os corpos torneados, robustos e jovens como deveriam ser os indivíduos da raça ariana. As academias de ginástica proliferaram neste período. Hoje não é diferente. Há forte apelo da propaganda – não mais a governamental –, onde o ideal de juventude é sinônimo de felicidade e corpos magros e bem definidos estabelecem o padrão de beleza. Vale tudo para alcançar o nirvana dos corpos sarados: as cirurgias plásticas se popularizaram assustadoramente, supervalorizam-se os exercícios físicos e pessoas colocam a saúde em risco com o uso de esteróides anabolizantes, inibidores de apetite e dietas insanas. Portanto, as teorias eugênicas que embasaram os planos políticos e sociais dos regimes totalitários, sobretudo o nacional-socialista, infelizmente não desapareceram com a derrota de Adolf Hitler. Continuam permeando as políticas de saúde dos países democráticos, apresentadas como “direitos humanos”, progresso científico e até mesmo caridade, o que convence grande parte da população relativista e moralmente amortecida do Ocidente. Somente a brutalidade na implantação de tais ideias desapareceu. Sua brutalidade intrínseca, não.