27 de nov. de 2013

A parcialidade da mídia: tentativas de desacreditar o Cristianismo e as evidências históricas de Jesus Cristo

"Arqueólogos descobrem local onde Buda teria nascido no século 6 a.C.". Bela notícia para a arqueologia e para a História. Mas gostaria de chamar a atenção para a diferença de tom entre este achado importantíssimo e os vestígios arqueológicos do cristianismo. Onde estão no corpo da notícia, expressões que denotam incerteza, tais como: "o suposto lugar", "segundo se crê", "segundo 'tal' acredita que"? Onde estão os pretensos estudiosos céticos que nunca tem seus nomes ou obras citados? Por que esta má vontade com o cristianismo? Diz um trecho da matéria:

"Foi possível checar o nome e determinar que trata-se realmente o lugar do nascimento de Buda graças a um pilar de arenito do século 3 a.C. que continha a informação em uma inscrição gravada durante a visita do imperador Asoka, explicou a Unesco."

Sendo assim, por que a dúvida quanto ao local de nascimento de Jesus ou o local de sua crucificação, sepultura e ressurreição onde já foram realizadas importantes escavações arqueológicas que comprovam a autenticidade dos locais? Por que as investigações sobre os lugares santos conduzidas por Santa Helena no século IV que resultaram nas construções das basílicas da Natividade, em Belém, e do Santo Sepulcro, em Jerusalém merecem tanta dúvida? Por que a presença ininterrupta da comunidade cristã, juntamente com seus bispos, em Jerusalém não mereceriam um testemunho credível sobre a veracidade dos lugares santos?

Um exemplo mais recente foi dado nas matérias sobre as relíquias de São Pedro expostas pela primeira vez no domingo passado durante a Santa Missa da festa de Cristo Rei e encerramento do Ano da Fé. Quase todas as matérias da imprensa secular puseram em dúvida a autenticidade das relíquias, mesmo depois de 23 anos de pesquisa arqueológica nos subterrâneos da Basílica Vaticana, onde foi encontrado o túmulo e os restos mortais de São Pedro. Em resumo, a mídia e boa parte dos pesquisadores preferem atender as suas concepções ideológicas do que aos métodos científicos.

Para ver a matéria:


24 de nov. de 2013

Mitologia, deuses gregos, neopaganismo, corpos sarados e anabolizantes

Zeus
O mito é uma forma de relato passado de geração para geração que visa explicar a origem do universo, dos seres e dos fenômenos da natureza. Os mitos gregos traziam conhecimentos sobre a natureza e questões filosóficas e éticas. Muitos mitos, principalmente sobre heróis gregos, surgiram baseados em fatos históricos. A mitologia grega era formada por deuses antropomórficos, ou seja, seus aspectos e ações eram semelhantes aos dos humanos. O que realmente os diferenciava dos seres humanos eram seus poderes extraordinários e a imortalidade. Graças a esta semelhança, os mitos acabavam regendo e avalizando aspectos sociais, como a guerra ou o amor. Os deuses eram modelos de como ser e viver.

Os deuses gregos viviam no Monte Olimpo. Há semelhanças entre as divindades gregas e de outras culturas antigas do Oriente, o que denota a forte influência que os helenos receberam destes povos. Em todas estas culturas (egípcia, babilônica, fenícia, hindu) os deuses personificam e controlam fenômenos da natureza, ações e sentimentos humanos. Já os romanos adotaram o panteão grego em sua mitologia apenas modificando os nomes de seus deuses. 

Poderíamos fazer uma analogia entre os mitos helenos e os “mitos” atuais. Nosso Monte Olimpo é a televisão. É lá que todos querem chegar. É da TV que partem os ideais estéticos, de beleza e de sucesso e, porque não, de comportamento. O que nos difere são as motivações que poderiam nos elevar a tal “glória”. Os helenos procuravam os feitos heroicos que os aproximavam dos deuses e nós, ao contrário, miramos as futilidades empregadas para tal divinização desconsiderando a falta de “poderes extraordinários”, ou seja, o talento. O que vale mesmo são os famosos quinze minutos de fama, alcançar a imortalidade do videotape.  

Poseidon
Além disso, os deuses gregos sempre são representados em suas estátuas com corpos musculosos e perfeitos - muitas vezes tão perfeitos que são irreais. Por este motivo, os helenos desenvolveram amplamente as atividades físicas aliadas às atividades intelectuais. Ter corpos sarados ia além do simples culto ao corpo. Era uma prática religiosa de aproximação à divindade, já que a religião grega não possuía regras de conduta nem de moralidade a se seguir para alcançar a imortalidade, ou Paraíso, como possui o cristianismo, parecer-se fisicamente com os deuses era parte da prática religiosa helenística. Muito diferente do que vemos hoje, onde o culto ao corpo é um fim em si mesmo e para conquistar um corpo que se julga perfeito em relação a um padrão estabelecido pela mídia e por questões mercadológicas, recorre-se a tudo, inclusive pondo a vida em risco com o uso de esteroides anabolizantes. Vivemos tempos de neopaganismo piores do que o dos antigos gregos, posto que o nosso, além de eliminar qualquer vestígio de transcendência, é mergulhado em total ignorância.  


21 de nov. de 2013

A Santa Missa: expectativa e realidade (Parte III)

Como deve ser: a música litúrgica é música sacra. O som do órgão e do canto gregoriano nos remete imediatamente às celebrações litúrgicas. É música de igreja. 

Como é: todos os ritmos e instrumentos aparecem nas igrejas. As Missas viraram shows com presença de bandas, cantores que dão “uma palhinha”, barulheira. Isso quando não parece simplesmente uma roda de viola ou um terreiro de candomblé.  


Como deve ser: os vasos litúrgicas devem ser purificados por um ministro consagrado (diácono ou sacerdote). A  purificação dos vasos que contiveram o corpo e sangue de Cristo nos remete às mulheres que enxugaram o sangue do Senhor durante a Via Dolorosa e de Nossa Senhora recolhendo o sagrado sangue de Cristo derramado no chão após a flagelação.

Como é: os vasos litúrgicos são purificados por qualquer um, por qualquer leigo e sem nenhuma ou pouca piedade, que parece mais que se está lavando a louça após um refeição. As alfaias sagradas não são guardanapos. 


Como deve ser: Sanctus é um hino composto pela junção do hino que os serafins dirigem a Deus e àquele que a multidão em Jerusalém dirige a Jesus. É um hino de louvor a Deus. 

Como é: é trocado por músicas infantilizadas acompanhadas por palmas, onde suas palavras são modificadas ao bel-prazer ou se canta alguma outra música baseada no Sanctus


Como deve ser: Os fiéis vão à Santa Missa com decoro e piedade na forma de se vestir, pois sabem que estarão diante da majestade de Deus. Colocam a melhor roupa, a “roupa de missa”. Antigamente, as mulheres usavam piedosamente o véu de missa que, diga-se, não foi abolido.
Como é: vão à Missa com qualquer roupa. Os homens vão de bermuda e camiseta regata. As mulheres chegam a ir com roupas indecorosas. 




7 de nov. de 2013

A Síria e o milagre do Papa Francisco

No dia 21 de agosto, um ataque com armas químicas matou mais de 1400 pessoas nos arredores de Damasco. Apesar de as evidências levarem ao governo sírio, não ficou comprovado que este tenha sido o autor do cruel ataque. Os países se movimentam. Fala-se de intervenção na guerra civil síria. Os EUA encabeçam as ameaças, seguidos pela França, Inglaterra e pela OTAN. Até mesmo a Liga Árabe se posiciona favorável a uma intervenção militar no país. China, Rússia e Irã dizem que defenderão sua aliada. O cheiro de guerra em proporções mundiais paira no ar. Nada parece deter um ataque iminente. Exercícios militares se iniciam no Mar Vermelho e no Mediterrâneo. Os efetivos militares norte-americanos estacionados na região são mobilizados. Uma intervenção semelhante a ocorrida na Líbia parece se desenhar. O presidente Bashar al-Assad recusa qualquer negociação e diz que está pronto para defender a Síria. O mundo espera o momento que o primeiro tomahawk lance aos ares uma instalação militar ou governamental damascena. 

Então, levanta-se em Roma o Homem de Branco. Ele não tem efetivos militares a não ser uma centena de mercenários suíços que o protegem. Ele não toma partido. Ele convoca o mundo para um dia de jejum e oração pela paz no mundo, especialmente pela Síria. Convoca todos: católicos e não-católicos e até não-crentes. Pede que todos participe de alguma forma. Obedientes ao seu apelo, no dia 7 de Setembro, mais de 100 mil pessoas se reúnem na Praça de São Pedro e, com milhares pelo mundo, juntos com o Papa, ajoelham-se - inclusive muçulmanos - diante do Santíssimo Sacramento pedindo paz no mundo e que Deus toque as consciências dos que o governam. 

Aos materialistas e descrentes, tudo aquilo é uma perda de tempo e prova da ineficácia da religião. Mas algo surpreendente acontece. Contra toda a expectativa, constrói-se um acordo. Não se procura mais culpados pelo ataque (até porque não foi possível identificá-los), nem pretende-se piorar a situação na região. A Rússia e os EUA propõem que a Síria permita que inspetores da Opaq investigue o ataque e o seu arsenal químico. Al-Assad permite. O segundo passo é que a Síria elimine suas armas químicas. Mais uma vez, o presidente sírio cede. Os inspetores da Opaq terminam a operação no final de outubro. A Síria não tem mais armas químicas. A Opaq é laureada com o Prêmio Nobel da Paz. 

Deus é o Senhor da História. Para quem crê, a conexão entre o dia de oração e jejum convocado pelo Papa e o desfecho imprevisível para o incidente químico na Síria é evidente. Deus não necessita fazer milagres estrondosos, mas apenas tocar suavemente, até de forma humanamente imperceptível os corações. Foi pelas causas segundas, iluminando os homens da diplomacia - inclusive a do Vaticano. Lembremos que o Papa Francisco enviou uma carta ao presidente russo Vladimir Putin por ocasião do encontro do G20, pedindo que propusesse aos líderes mundiais uma solução pacífica para o conflito - que encontrou-se uma solução. A guerra civil na Síria e os conflitos em tantas partes do mundo ainda permanecem. Continuemos unidos ao Papa Francisco, o homem da paz, implorando ao Príncipe da Paz para que todos eles cessem.