A Boa Notícia de Jesus Cristo:
Mateus 6, 24-34
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.” (Mt. 6, 33)
Confiar na Providência divina. Este é o resumo deste belíssimo trecho do Sermão da Montanha. Nesta sociedade materialista em que vivemos, onde a ganância fala mais alto, onde todos procuram acumular cada vez mais bens materiais, as palavras de Jesus passam despercebidas. Não confiamos que nosso Pai celeste conhece nossas necessidades e cuida de nós, desde que procuremos o Reino de Deus e sua justiça, ou seja, uma vida na santidade conforme a vontade de Deus, em primeiro lugar. O resto, o menos importante, tudo aquilo que é passageiro, ainda que necessário para uma vida digna, mas que terá um fim, será dado por acréscimo. Deus não abandona os seus filhos.
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Não devemos viver como os incrédulos que colocam sua confiança no dinheiro. E quantas pessoas são assim! Fazem do dinheiro o seu deus. Um deus que lhes dá poder ilimitado, lhes dá prazer, a possibilidade de comprarem tudo o que desejarem até mesmo pessoas. Nós, cristãos, temos o dever de dar testemunho do Evangelho. Trabalhando dignamente – enriquecendo dignamente, se assim Deus permitir –, mostramos ao mundo que é assim que a Providência de Deus acontece nas nossas vidas, e não só para nós, já que somos instrumentos da Providência para nossas famílias e para aquelas pessoas necessitadas que podemos e devemos ajudar.
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Jesus não prega a vagabundagem. Os pássaros do céu, que o Pai celeste alimenta, precisam procurar o alimento. Deus não o dá em seus bicos. Confiando na Providência, não nos preocupamos demasiadamente com o futuro. O ditado popular diz que “o futuro a Deus pertence” e é verdade. Não temos o poder de prevê-lo. A preocupação exagerada com o futuro causa grande parte das doenças psicológicas modernas. Nos preocupemos apenas (o que já é muito!) com o que é necessário para o dia de hoje. O hoje é o que temos. Tenhamos fé quando pedimos o necessário para nosso cotidiano na oração do Pai-nosso: “O pão nosso de cada dia nos daí hoje”.