28 de fev. de 2011

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus”

A Boa Notícia de Jesus Cristo:

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Mateus 6, 24-34

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“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.” (Mt. 6, 33)

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Confiar na Providência divina. Este é o resumo deste belíssimo trecho do Sermão da Montanha. Nesta sociedade materialista em que vivemos, onde a ganância fala mais alto, onde todos procuram acumular cada vez mais bens materiais, as palavras de Jesus passam despercebidas. Não confiamos que nosso Pai celeste conhece nossas necessidades e cuida de nós, desde que procuremos o Reino de Deus e sua justiça, ou seja, uma vida na santidade conforme a vontade de Deus, em primeiro lugar. O resto, o menos importante, tudo aquilo que é passageiro, ainda que necessário para uma vida digna, mas que terá um fim, será dado por acréscimo. Deus não abandona os seus filhos.

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Não devemos viver como os incrédulos que colocam sua confiança no dinheiro. E quantas pessoas são assim! Fazem do dinheiro o seu deus. Um deus que lhes dá poder ilimitado, lhes dá prazer, a possibilidade de comprarem tudo o que desejarem até mesmo pessoas. Nós, cristãos, temos o dever de dar testemunho do Evangelho. Trabalhando dignamente – enriquecendo dignamente, se assim Deus permitir –, mostramos ao mundo que é assim que a Providência de Deus acontece nas nossas vidas, e não só para nós, já que somos instrumentos da Providência para nossas famílias e para aquelas pessoas necessitadas que podemos e devemos ajudar.

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Jesus não prega a vagabundagem. Os pássaros do céu, que o Pai celeste alimenta, precisam procurar o alimento. Deus não o dá em seus bicos. Confiando na Providência, não nos preocupamos demasiadamente com o futuro. O ditado popular diz que “o futuro a Deus pertence” e é verdade. Não temos o poder de prevê-lo. A preocupação exagerada com o futuro causa grande parte das doenças psicológicas modernas. Nos preocupemos apenas (o que já é muito!) com o que é necessário para o dia de hoje. O hoje é o que temos. Tenhamos fé quando pedimos o necessário para nosso cotidiano na oração do Pai-nosso: “O pão nosso de cada dia nos daí hoje”.

20 de fev. de 2011

“Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis?”

A Boa Notícia de Jesus Cristo:
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Mateus 5, 38-48

“Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis?” (Mt. 5, 46)

No trecho do Evangelho deste domingo continuamos o sermão da montanha. Jesus nos ensina a fugir de qualquer tipo de vingança. Não Se opõe a justiça, mas quer que fujamos do ódio que a injustiça pode nos causar. Ao sofrermos alguma injustiça, temos a tentação de nos revoltar e de querer dar o troco. É a famosa lei do “olho por olho, dente por dente”. Esta lei, presente no Código de Hamurabi, na Babilônia, já era um avanço na questão de como as vítimas de agressões poderiam reagir. Limitava um antigo costume de vingar-se sete vezes do agressor, muitas vezes estendendo a vingança aos seus parentes.
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Era uma violência sem fim. Mas a lei do Evangelho vai além. É a lei da misericórdia. Necessariamente não temos que ser ressarcido em tudo. Podemos e devemos perdoar, relevar. A lei de Cristo é a lei do amor. Por amor a Deus devemos amar a todas as pessoas, sem distinção, até mesmo nossos inimigos. É exatamente na demonstração deste amor incondicional que testemunhamos Deus que é Amor. Deus ama a todos mesmo sabendo que nem todos correspondem a este amor.
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Portanto, amar nossos inimigos, fazer o bem a quem nos odeia, é o distintivo do cristão diante do mundo. É um sacrifício imenso. Conta-se que, por volta do século VI, os monges irlandeses, massacrados pelos anglo-saxões, cogitaram não enviar missionários a Grã-Bretanha para que estes, sem conhecer a Cristo, fossem para o inferno. Mas os missionários chegaram à ilha e todos os anglo-saxões se converteram.
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Amar aqueles que nos amam ou nos tratam bem é fácil. Só amando nossos inimigos, ou ainda menos, amando aqueles que não vamos com a cara, que não temos afinidade, alcançamos mérito diante de Deus. Só assim é restaurada em nós a imagem e semelhança do Pai celeste. Não é fácil, todavia Jesus, na cruz, nos deixou o exemplo de como deve reagir um cristão, mesmo sendo injustiçado, perdoando seus agressores.


Oração a Santa Teresa D'Ávila

"Nada te perturbe
Nada te espante

Tudo passa,
Só Deus não muda.

A paciência
Tudo alcança

Quem tem a Deus,
Nada lhe falta.
Só Deus basta."

(Santa Teresa D'Ávila)

Dai-nos, Senhor, a mesma confiança que Santa Teresa D'Ávila sempre depositou em Ti diante de tantas dificuldades e provações.

Quão é difícil para nós, míseros pecadores, limitados por nossas fraquezas, nosso orgulho, imediatismo e apego às alegrias passageiras, descansarmo-nos em Teu coração. Essa é a verdadeira paz que Cristo nos deseja.

Ao contemplarmos a vida da grande santa carmelita, doutora da Igreja, parece-nos que a ela tudo foi mais fácil devido as suas experiências místicas. Mas não. Santa Teresa também passou pela aridez espiritual.

Engana-se quem pensa que uma vida sem dificuldades é sinal de benção divina. É exatamente no deserto que nos aproximamos de Deus. E isto não é sinônimo de uma vida de tristezas, ao contrário, que Deus nos dê a alegria que Santa Teresa sempre sentiu e demonstrou.

Santa Teresa de Jesus, ajuda-nos a termos tudo neste mundo por nada. Que saibamos que tudo passa: as alegrias e as tristezas, os prazeres e as dores, quem nos ama e quem nos odeia. Só Deus basta! Amém!


16 de fev. de 2011

A Igreja Católica: Construtora da Civilização - Episódio 11

Série A Igreja Católica: Construtora da Civilização, da EWTN, apresentada por Thomas E. Woods, autor do livro Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental. Décimo primeiro episódio dividido em três partes com legenda em português.







12 de fev. de 2011

“Não julgueis que vim abolir a Lei ou Profetas"

A Boa Notícia de Jesus Cristo:

Mateus 5, 17-37

“Não julgueis que vim abolir a Lei ou Profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição.” (Mt. 5, 17)

No Evangelho de hoje, Jesus afirma que não veio abolir a lei de Moisés, nem contrariar os ensinamentos dos profetas do Antigo Testamento. Jesus não é um judeu herege, um revolucionário, um liberal. Ao contrário, Jesus segue as tradições judaicas e a Lei de Moisés e Sua missão é restaurá-la em sua pureza e verdade, já que os fariseus e doutores da Lei a tinha falseado num rigorismo extremo ou inventado interpretações mirabolantes para poder contorná-la. Por isso que Jesus afirma que se nossa justiça não for maior que a dos fariseus não entraremos no Reino de Deus.

Neste belíssimo sermão da montanha, Jesus, o novo Moisés, e mais, o próprio Autor da Lei, leva à perfeição a Lei mosaica. Se aquele que mata alguém deve ser punido, aquele que odeia seu próximo também deve, posto que o ódio e a falta de amor é o que propiciam que façamos mal às pessoas. Portanto, devemos viver em paz com todos, perdoando-nos uns aos outros.
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Aos antigos foi dito que não praticassem o adultério e foi-lhes permitido o divórcio. Nosso Senhor nos recomenda que evitemos qualquer olhar de cobiça em direção a homens e mulheres. Que não nos deixemos levar pela imaginação ou fantasias sexuais. Todo pecado contra a castidade é gestado em nossa mente antes de pô-lo em prática. Recomendação ainda mais importante aos casados. O princípio de todo adultério é as conversas e os olhares inconvenientes. Que marido e mulher se mantenham fiéis ao compromisso matrimonial.

Por fim, Jesus nos ensina que devemos evitar a multiplicação dos juramentos, que nosso falar seja sempre verdadeiro para que não precisemos recorrer a Deus como nossa testemunha e ainda mais grave quando mentimos. Que sejamos sinceros em nossos atos e palavras.

Resumindo, não nos basta obedecer a cada preceito de modo legalista e mecânico. A Lei de Evangelho e a lei do Espírito, da liberdade dos filhos de Deus. Com o auxílio da graça divina podemos cumprir os mandamentos por amor Àquele que nos criou e deu a vida por nós.


6 de fev. de 2011

"Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo"

A Boa Notícia de Jesus Cristo:
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Comentário do Rev. D. Josep FONT i Gallart (Tremp, Lleida, Espanha).

Hoje, o Evangelho nos faz uma grande chamada a sermos testemunhos de Cristo. E nos convida a sê-lo de duas maneiras, aparentemente, contraditórias: como o sal e como a luz.
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O sal não se vê, mas se nota; se sente no, paladar. Há muitas pessoas que “não se deixam ver”, porque são como “formiguinhas” que não param de trabalhar e de fazer o bem. Ao seu lado se pode sentir a paz, a serenidade, a alegria. Têm —como está de moda dizer hoje— “boas energias”.

A luz não se pode esconder. Há pessoas que “a vê de longe”: Teresa de Calcutá, o Papa, o Padre de um lugar. Ocupam postos importantes por sua liderança natural ou por seu ministério concreto. Estação “acima do candeeiro”. Como diz o Evangelho de hoje, «Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha. Nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa.» (cf. Mt 5,14.15).
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Todos estão chamados a ser sal e luz. Jesus mesmo foi “sal” durante trinta anos de vida oculta em Nazaré. Dizem que São Luis Gonzaga, enquanto brincava, ao perguntar-lhe que faria se soubesse que em poucos minutos morreria, respondeu: «Continuaria brincando». Continuaria fazendo a vida normal de cada dia, fazendo a vida agradável aos companheiros de jogo.

Às vezes estamos chamados a ser luz. E somos de una maneira clara quando professamos nossa fé em momentos difíceis. Os mártires são grandes iluminados. E hoje, de acordo com o ambiente, somente fato de ir à missa já é motivo de burlas. Ir á missa já é ser “luz”. E a luz sempre se vê; mesmo que seja muito pequena. Uma luzinha pode mudar uma noite.

Peçamos uns pelos outros ao Senhor para que saibamos ser sempre sal. E saibamos ser luz quando seja necessário ser. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós (cf. Mt 5,12).