25 de dez. de 2010

Feliz Natal!




O Natal é mais do que a comemoração de um simples nascimento. Comemoramos a entrada de Deus na nossa História. O Filho, o Verbo divino, Deus de Deus, deixa a glória celeste, se despoja inteiramente e se encarna no seio da Virgem Maria. Quanta humildade! Quanto amor pela humanidade! Deus vem em nosso socorro.

Ao encarnar toma nos ombros a humanidade, a ovelha perdida. Sendo onipotente, fica totalmente dependente dos cuidados de Sua mãe; sendo onisciente, Sua única manifestação é o choro; sendo onipresente, está limitado pela natureza humana. Deus, não podendo dar mais, deu a Si mesmo e pede a nós que Lhe demos nosso coração, nossa vida, que retribuamos este amor, nesta verdadeira troca de presentes. Se esta troca não ocorrer, todas as outras serão inúteis e o Natal passará a ser somente mais uma festa. Voltemos o olhar a Jesus, nosso Deus e Salvador e abandonemos os pecados, o orgulho, a indiferença, o desamor.

Feliz Natal a todos.



21 de dez. de 2010

4º Domingo do Advento

A Boa Notícia de Jesus Cristo:

Mateus 1, 18-24

“Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa Deus está conosco.” (Mt. 1, 22s)

O sinal da Virgem profetizado em Isaías realiza-se em Maria. Desposada com São José, Maria Santíssima concebe pelo poder do Espírito Santo. Diante das dúvidas de seu esposo, o mesmo anjo que anunciou a Maria, em sonho ilumina o coração de José e lhe dá a grande e incomparável missão de ser o guardião do Filho de Deus e de Nossa Senhora. Quantas vezes nossa fé é abalada por tantas "descobertas" resultadas de "estudos" sobre a vida de Jesus, especialmente sobre a concepção virginal de Sua Mãe, que surgem "coincidentemente" na época do Advento. Que tenhamos a convicção de São José, o homem justo que acreditou nas palavras de Deus e abraçou em sua fé silenciosa os desígnios do Salvador.

O Natal é apresentado hoje como uma festa mágica, infantil, consumista para que o mundo esconda a grandiosidade do Deus que tanto amou a humanidade, que se encarnou para nos salvar. Precisamos meditar sobre este magnífico acontecimento onde o Eterno entra no tempo, o Todo que se faz parte. Deus podia salvar a humanidade com um simples ato de Sua vontade, mas foi na carne que o homem se perdeu e era preciso que na carne fosse salvo; foi pela mulher que o pecado entrou no mundo, foi preciso que pela mulher a salvação, do mesmo modo, entrasse no mundo. Que ao comemorarmos o Natal, tenhamos a certeza que Deus veio ao encontro da humanidade e não nos abandona jamais.

15 de dez. de 2010

A história da educação no Brasil


Introdução


Esta dissertação tem como objetivo descrever e comentar os aspectos históricos e filosóficos da educação no Brasil desde o período colonial até a primeira República. Demonstraremos a educação jesuítica que monopolizou a educação na colônia, a reforma pombalina, as reformas educacionais de Dom João VI em solo brasileiro, bem como as reformas na educação durante o primeiro e o segundo Império. Por fim, veremos o que foi feito em prol da educação na Primeira República.


Período Jesuítico (1549 – 1759)

A história da educação no Brasil desde seu início no século XVI é marcada pelo descaso das autoridades públicas frente à democratização de um sistema de ensino de qualidade. Em 1549, meio século após o descobrimento do Brasil pelos portugueses desembarcaram na colônia os primeiros padres da Companhia de Jesus que se destacavam na Europa no âmbito educacional. Os jesuítas têm por fundador Santo Inácio de Loyola, que, no contexto da Contrarreforma católica, criou a Companhia de Jesus, cujos objetivos eram combater o avanço protestante através da pregação missionária e a educação. Em solo brasileiro, os jesuítas fundaram escolas de instrução elementar e colégios para atender às necessidades educacionais dos filhos dos colonos e transpor a didática europeia aos índios. Além disso, as escolas jesuíticas também eram centros de evangelização dos povos indígenas, visando levá-los ao cristianismo e à civilização. A educação brasileira colonial ficou majoritariamente ao encargo dos padres jesuítas durante 210 anos, financiados pelo poder público e pelas rendas obtidas nas propriedades da Companhia. Havia outras instituições de ensino de menor expressão mantidas pelas ordens religiosas, como a dos franciscanos, mas nenhum tipo de educação pública gerida pelo Estado. A educação jesuítica era baseada no Ratio Studiorum, que reunia a didática da Companhia de Jesus, baseada na Escolástica medieval. A educação jesuítica no Brasil teve fim quando o Marquês de Pombal determinou a expulsão dos jesuítas de todas as colônias de Portugal.


Período Pombalino (1760 – 1808)

Durante o reinado de Dom José I, ascende ao cargo de primeiro-ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Imbuído em retirar Portugal de sua decadência e consolidar o Estado, o Marquês implementou diversas reformas. Entre suas decisões, em 1759, expulsou os jesuítas de Portugal e de todas as colônias alegando que estes serviam aos interesses da Ordem e não aos do Estado português. Com a expulsão, os colégios jesuíticos fecharam as portas e a educação no Brasil estagnou-se, já que não havia um plano imediato para substituí-las. Para substituir as escolas jesuíticas, Pombal criou as aulas régias de latim, grego e retórica e criou a Diretoria de Estudos. As aulas régias foram um fracasso, posto que eram autônomas, isoladas e cada aula não se relacionava com as outras. Os professores ficavam meses sem receber pagamento. A educação brasileira ainda encontrava alguma organização e qualidade junto às instituições religiosas, como os seminários. Assim, a educação no Brasil ficou totalmente estagnada até o início do século XIX.


Período Joanino (1808 – 1822)

Com a chegada da corte portuguesa, em 1808, houve profundas transformações no Brasil, inclusive no âmbito educacional. Necessitando de urgente formação de quadros técnicos e burocráticos para atender à Corte, o príncipe regente Dom João VI criou academias de engenharia e medicina. O ensino foi divido entre primário, secundário e superior, sendo o último priorizado. O ensino primário visava ensinar a população a ler e escrever, mas foi totalmente desmotivada, havendo escolas apenas nos grandes centros urbanos e destinadas a uma parcela pequena da população. Sem dúvida, são visíveis os avanços na educação brasileira durante o Período Joanino, todavia a grande maioria da população continuava analfabeta e sem acesso à educação básica.


Primeiro Imperial (1822 – 1889)

Em 1822, Dom Pedro I proclama a independência do Brasil e torna-se o primeiro imperador. Dois anos depois, outorga, sob influência liberal, a primeira Constituição do Brasil, onde propunha ensino primário para todos e a criação de escolas em todas as cidades, vilas e lugares populosos. Por falta de professores qualificados e escolas, implantou-se o método Lancaster: um aluno instruído ensinava uma turma composta por outros dez colegas. O método, que perdurou por quinze anos, foi um fracasso. Apesar de várias propostas sobre a educação terem sido enviadas para a Assembleia, nenhum foi concretizado, mostrando o descaso que impera na educação brasileira. Durante o período da Regência, a educação foi descentralizada, ficando sob a rsponsabilidade das províncias. Em 1835, é criada a primeira escola normal do país, em Niterói, o futuro Colégio Pedro II. Foram criadas escolas técnicas para suprir a carência de profissionais qualificados. O sistema de ensino continuou, durante todo o Período Imperial, reservado priomordialmente à elite.


República Velha (1889 – 1930)
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O marechal Deodoro da Fonseca instaura a República em 15 de novembro de 1889 e a elite cafeeira juntamente com o exercito assume o poder político no Brasil. A elite brasileira trazia ideais liberais e positivistas. O analfabetismo atingia 80% da população. Um dos mais renomados políticos brasileiros, Rui Barbosa, concluiu que o atraso no desenvolvimento do país era fruto da má qualidade do ensino. A partir de 1890, suprimiu o ensino religioso e tornou o ensino obrigatório e gratuito. O ensino tornou-se um dever do Estado. Outras propostas vieram durante a República Velha, como a Reforma Epitácio Pessoa (1901), dando ênfase para o ensino superior; a Reforma Rivadávia Corrêa (1911) que retirou do Estado o monopólio sobre a educação, dando autonomia administrativa e didática às instituições de ensino; a Reforma Carlos Maximiliano (1915), que devolveu ao Estado as responsabilidades com o ensino público e priorizou o ensino superior de caráter elitista; e por fim, a Reforma Luís Vaz/Rocha Vaz (1925), onde Estados e União se uniram para a promoção do ensino primário que visava qualificar a mão-de-obra. Extinguiu a autonomia administrativa e didática. Este período, e, especial a década de 1920, ficou conhecido como “Otimismo Pedagógico”, pois, numa sociedade que se industrializava e precisava de qualificação profissional, foi necessário democratizar e expandir o ensino público e gratuito. Estas mudanças estão relacionadas com os ideais da Escola Nova. Podemos destacar três nomes importantes na educação brasileira que contribuíram para a difusão da Escola Nova no país: Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando Azevedo. Porém, o sistema de ensino brasileiro, durante o período da República Velha, continuou tendo caráter elitista e não contribuía efetivamente para a superação das desigualdades sociais.


Conclusão

Concluímos que desde os primórdios da formação do Estado e da nação brasileiros houve preocupações sinceras com a educação, ainda que, na maioria das vezes, sem o empenho necessário para solucionar seus problemas. Na colônia, os jesuítas serviam da educação para fins religiosos, para a propagação da fé católica e europeização dos indígenas. O Marquês de Pombal, que estagnou a educação brasileira, voltou o ensino aos interesses do Estado português. Com a chegada da família real no Brasil, sua independência e período imperial, foi concretizado o caráter elitista da educação no país. Por fim, na República Velha houve esforços na democratização do ensino diante da necessidade crescente de mão-de-obra qualificada para atender à industrialização do país, porém, de modo geral, a educação continuou voltada às elites, sobretudo o ensino superior, e esteve longe de ser democrática


Referências bibliográficas:

Centro Universitário Claretiano. Educação brasileira: do período colonial à primeira república – aspectos históricos e filosóficos: unidade 1 – Educação jesuítica na colônia. Batatais, set. 2009.

Centro Universitário Claretiano. Educação brasileira: do período colonial à primeira república – aspectos históricos e filosóficos: unidade 2 – Educação joanina e princípios da educação no Império. Batatais, set. 2009.

Centro Universitário Claretiano. Educação brasileira: do período colonial à primeira república: aspectos históricos e filosóficos: unidade 3 – Educação na República Velha. Batatais, set. 2009.


Referências da internet:
História da Educação. Disponível em: <http://heloisa_c.sites.uol.com.br/hieduc1.htm>. Acesso em: 14 nov. 2010.

STIGAR, Robson, SHUNCK, Neivor. Refletindo sobre a história da educação no Brasil. Disponível em: <http://www.opet.com.br/comum/paginas/arquivos/artigos/Refletindo%20sobre%20a%20historia%20da%20educacao%20no%20Brasil%20OPET.pdf> . Acesso em: 12 nov. 2010.

11 de dez. de 2010

3º Domingo do Advento

A Boa Notícia de Jesus Cristo:

Mateus 11, 2-11

“Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro?” (Mt. 11, 3)

No Evangelho deste terceiro domingo do Advento, fica claro que João Batista não duvida que Jesus é o Cristo, mas envia seus discípulos para que estes creiam. São João Batista é o último dos profetas, o elo entre o Antigo e o Novo Testamento, aquele que deveria preceder o Messias, preparando-Lhe o caminho. Portanto, Jesus responde aos discípulos de João de acordo com as profecias sobre os sinais messiânicos que O acompanham: os milagres dão testemunho do Cristo.
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Jesus tece um elogio ao seu parente e precursor: elogia sua vida austera, afirma que João é um profeta, o maior homem que já existiu, mas em seguida acrescenta: “porém, o menor no Reino dos céus é maior do que ele”. Interessante observação. João ainda vive sobre o regime da Lei. Ainda que tenha visto o Cristo, preparado Sua vinda, faz parte do Antigo Testamento. Assim, o povo da Nova Aliança, por menor que seja um de nós, cristãos, é maior que qualquer patriarca, rei ou profeta que “desejaram ver e ouvir o que nós vimos e ouvimos – ou seja, Jesus Cristo e Seu Evangelho – e não puderam”. Atentemos para esta graça nos dada por Deus que muitas vezes nos passa despercebidas e a desperdiçamos com tanta facilidade. Vivemos no tempo da graça, no Reino de Deus instaurado com o nascimento de Nosso Senhor.
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“Felizes aqueles para quem eu não for ocasião de queda”. Quantas pessoas vivem como se Deus não existisse ou não se preocupasse conosco, comemoram este natal secularizado, que pouco menciona o maior acontecimento da História: o nascimento do Salvador dos homens, a entrada do Deus imortal e eterno no tempo e no espaço que vem resgatar cada um de nós das garras do Maligno. Que Jesus Cristo nos seja motivo de salvação, jamais de perdição.

6 de dez. de 2010

2º Domingo do Advento

A Boa Notícia de Jesus Cristo

Mateus 3, 1-12

“Naqueles dias, João Batista apareceu pregando no deserto da Judéia. Dizia ele: Façam penitência porque está próximo o Reino dos céus.” (Mt. 3, 1-2)

O Advento é tempo de conversão e penitência. Enquanto nos preparamos para comemorar o nascimento de Jesus, a Igreja nos recorda que o Senhor voltará em toda a Sua glória para reunir a humanidade e julgar a cada um conforme suas obras. Hoje, o apelo de São João Batista ressoa em nossos ouvidos dizendo para nos converter, voltarmos para Deus. Tal como o Precursor do Senhor, escutamos a voz da Igreja que denuncia os pecados e hipocrisias dos homens e mulheres de nosso tempo em plena aridez espiritual pela qual passa o mundo. Aproveitemos este tempo da graça para aplainar os caminhos do Senhor em nossas vidas, abandonar tudo aquilo que nos afasta da graça de Deus.


São João Batista afirma aos fariseus e saduceus que não basta serem filhos de Abraão para alcançar a salvação assim como criam os antigos judeus. Este alerta também é válido aos cristãos. Não temos certeza da salvação e sim esperança nela e trabalhemos com a graça divina para alcançá-la. Não há pessoas predestinadas ao inferno e outras ao céu. Não basta apenas praticarmos os mandamentos de Deus e da Igreja de forma legalista para sermos salvos. Ser cristão não é seguir um manual de instruções mecanicamente, mas o encontro real com Jesus Cristo, que está no meio de nós desde Sua encarnação, e que dá sentido e valor a toda a nossa existência e que a coloca a serviço de Deus e dos irmãos. Que apresentemos, neste Advento, verdadeiros frutos de conversão. Neste Natal, reencontremos-nos novamente com Cristo Jesus.