26 de fev. de 2015

Adoção de crianças por pares homossexuais ou a perversão da família

Sejamos francos. É simplesmente impossível afirmar que a adoção de crianças por pares homossexuais seja um bem ou um mal. O que sabemos com toda certeza é que consiste numa novidade sem precedentes na História humana. Para usar expressão da moda, uma quebra de paradigma. É um experimento sem sabermos as consequências a longo prazo. O que podemos afirmar com a pouca experiência que temos é que existem filhos de homossexuais que os louvam e outros que criam ONG's para que adoções por pares homossexuais jamais aconteçam.

O que sabemos é que a família fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher - esta forma de família que possibilita inclusive que os gays existam - mesmo com seus percalços sempre funcionou. Pais ou mães homossexuais serão afetuosos e darão boa educação aos filhos? Alguns sim. Outros não. Fazer apologética de uniões homossexuais como se fossem mais virtuosas do que as heterossexuais afirmando que adotarão crianças órfãs, abandonadas ou rejeitadas por terríveis e maldosos casais héteros é, pra dizer o mínimo, canalhice. Partir de particularidades para generalizar é desonesto. Seria como ter por argumento preferir a solteirice a ser corno.

Não. Os pares homossexuais não irão esvaziar os orfanatos e abrigos para menores. Não são uma espécie de abnegados acima dos reles humanos héteros egoístas. E também, no Brasil, há mais casais querendo adotar do que crianças disponíveis à adoção. O que emperra é a burocracia. E mais: devemos negar pela segunda vez o direito de uma criança de ser criada e cuidada por um pai e uma mãe, naquela sadia diversidade e complementaridade entre um homem e uma mulher?

Não podemos negar, há pais e mães que abandonam seus filhos, que os rejeitam, que os matam antes ou depois de nascerem. E há aqueles e aquelas que vivem para os filhos, sacrificam-se amorosamente por eles, preferem dar a própria vida a abortarem. Estas são vicissitudes que só uma família pode passar. Um simulacro de família não corre estes riscos, não pode viver em plenitude as alegrias e tristezas, as angústias e prazeres que uma verdadeira família sofre e goza. Sempre faltará algo. Sempre será imperfeito. Sempre será um amor infrutífero, estéril, dependente de elementos estranhos à relação. Pendurar laranjas num abacateiro não faz da árvore uma laranjeira. Podemos comparar, então, este relacionamento infrutífero ao sofrimento de casais estéreis, como fazem os canalhas? É claro que não. Casais estéreis acidentalmente não podem ter filhos. Pares homossexuais essencialmente não o podem. Eventualmente o sexo entre um homem e uma mulher não produz uma vida. Obrigatoriamente, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo não geram absolutamente nada.

Filho não é direito, nem bicho de estimação, nem mercadoria. É um dom. Dom do amor. E o amor gera vida, é criativo. Senão não é amor. É qualquer coisa parecida com amor, que ousam chamar de amor. Particularmente, sou contra elevar ao status de família tudo aquilo que não o é. Minha opinião transcende os gostos e as modas. Vai além de saber se é bom ou mau. A História contemporânea está repleta de exemplos onde a vida humana foi jogada como um brinquedo com consequências desastrosas. Inverter a ordem natural das coisas pode ser mais um.



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