17 de jan. de 2014

Cotas raciais: verdadeiro apartheid

Eu não sou contra as cotas raciais (agora está em discussão a reserva de 20% das vagas nos concursos públicos federais). Não sou contra porque simplesmente elas não existem! Não existe cota racial, ou melhor, não existe cota nenhuma, para nenhum grupo social. Não há determinado número de vagas num concurso público ou num vestibular para pessoas negras. O que existe, na realidade, é um exame a parte. Há brancos concorrendo com brancos e negros concorrendo com negros. São duas disputas distintas. O(s) melhor(es) entre os negros ocupará(ão) a(s) vaga(s) que lhe cabe(m). Não é a vaga de um branco que ele tira. O que vemos na política de cotas é racismo puro e simples. Um verdadeiro apartheid. 

O que se esconde atrás de tudo isto? É fato que há altos índices de pobreza e de baixa educação se comparada a população negra com a branca e que os que recebem educação de qualidade têm mais chance de passar num concurso público ou num vestibular. Mas há brancos pobres que receberam a mesma educação que negros pobres. O que os difere senão a cor da pele? O que se esconde verdadeiramente por trás da defesa das cotas? Seria a velha concepção racista que acredita que a espécie humana se divide em classes raciais, onde no topo estão os brancos, seres humanos intelectualmente desenvolvidos e os negros ocupam a base e, portanto, necessitam da ajuda piedosa dos brancos, como se fossem eternas crianças, sem capacidade intelectual para equiparar-se aos brancos?



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